O aviário

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País do Fogo

Domingo

A muitos quilômetros da vila, ainda no território do País do Fogo, Madame Shimiji abria o jornal no café da manhã, enquanto seu marido, o poderoso daimyō, recebia um comunicado urgente de Konoha.

Ao terminar de ler os conteúdos, ambos ficaram desconcertados.

— Aqueles jovens — Madame Shimiji começou a soluçar. — O Raikage vai matar a garota. Como pode tamanha insensibilidade? Ela está... Grávida! Grávida, querido daimyō!

Na mensagem que lia, daimyō também se preocupava:

"Segunda a prévia das novas regras no Conselho, Utatane Koharu decreta prisão de Mitokado Homura por suposta traição e conspiração contra Konoha e a Aliança Shinobi, se auto proclama Rokudaime Hokage de Konohagakure no Sato. Será anunciado na próxima segunda-feira, ao nascer do sol."

Ao ouvir sua mulher chorar em cima da foto da pupila de Tsunade, daimyō também se desesperou um pouco. Konoha estava ruindo e os principais heróis da força da vila estavam caídos. Estavam totalmente vulneráveis.

— O que quer que eu faça? — perguntou para a mulher que já manchara a ponto de degradar o jornal informando a prisão de Haruno Sakura.

— Salve a garota — apontou para a foto borrada no jornal. — Salve a criança que ela carrega! Teremos inúmeras pragas e colheitas apodrecidas se desrespeitarmos a Lei da Imperatriz, a deusa Inari... Cairão desgraças na nossa terra, guerras e traições... É o fim de uma era!

Pela primeira vez, daimyō concordava com o pânico da esposa. Seria um fim de uma era onde até a autoridade dele seria colocada à prova.

— Muito bem. Irei para Konoha imediatamente — informou à esposa, que gritou, beijou-o e abraçou-o, deixando-o encabulado. — Preparem o transporte! — pediu aos criados.


Konoha

Segunda-feira

Quando Koharu se posicionou no topo da escada acompanhada dos seus mais fiéis Anbu, esperava encontrar muito mais pessoas do que de fato estavam ali.

À primeira vista, civis curiosos, muitos com os uniformes de trabalho, trabalhadores rurais de vilarejos a poucos quilômetro da vila, alguns shinobi, em grande maioria, gennins e chunnins.

— Isso não é bom — Koharu comentou com o seu novo braço direito, um rapaz da Anbu aceitava suas ordens sem fazer muitas perguntas. — Deixaram claro nos panfletos que a presença de todos era obrigatória? — o Anbu afirmou.

— Koharu-sama, a reunião que o Kazekage convocou será daqui há pouco tempo. Iremos mesmo declinar? — a assistente nova a indagou, cheia de inseguranças.

— Suponho que em nenhum momento eu tenha dado a impressão contrária — respondeu ríspida. A moça assentiu, desconcertada. — Onde estão os representantes do clãs? Não encontro praticamente nenhum. Tem certeza de que colocaram o horário certo nos panfletos?

— Sim, Koharu-sama — a moça afirmou, abaixando a cabeça para não correr o risco de olhar errado para a mulher.

— Que seja — Koharu deu os ombros, humilhadas. — Certifiquem-se de que todos que não compareceram sejam notificados. Vamos começar.

Kakashi e Yamato, em seus respectivos postos, já tinham tudo idealizado. Conseguiram reunir homens leais à Tsunade para ajudá-las a acabar com o golpe e a tirar Naruto da aldeia em segurança.

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