A casa

3.4K 240 95
                                    

Konoha

Quarta-feira

— Koharu. Homura — Tsunade cumprimentou os anciões, que sem aviso prévio, surgiram em sua sala no primeiro horário da manhã de quarta.

Shizune estava num canto catalogando missões Rank-D para distribuir para os times de genin na academia e Shikamaru auxiliava Tsunade a criar um sistema de organização e identificação de documentos mais efetivo.

— Tsunade, gostaríamos de conversar com você em particular — Koharu olhou diretamente para o Nara e para Shizune. Tsunade assentiu para os dois saírem, embora Shizune se mostrasse absolutamente contra aquilo. Assim que ouviram a porta da sala fechar atrás de sim, a senhora sentou-se, sisuda, e foi direta com as suas intenções.

— Acredito que tivemos um grave problema de comunicação, para não dizer omissão de informações pertinentes.

— Se puder me ajudar a entender do que se trata, eu seria grata em ajudar — Tsunade respondeu demonstrando estar totalmente atenta aos dois, ainda que estivesse irritada pela intromissão e visita inesperada.

— Recebemos uma notificação geral de que uma ameaça, proveniente de um grupo de ex-detentos da Ilha Kamui, foi aniquilada pela Anbu de Suna há uma semana, exatamente o mesmo tempo em que o Time 7 chegou de lá.

— Também recebi essa notícia. O quê que tem? — Koharu riu, não por achar graça, mas por admirar a coragem de Tsunade de tentar manter uma farsa frágil e mal ensaiada.

— Fomos atrás das fichas dos rebeldes do País do Chá e tivemos uma surpresa quando não encontramos nada nos arquivos da Anbu. O que tem a dizer sobre isso?

— Bom, como vê, estamos organizando uma série de documentos. Shikamaru tem me ajudado muito com isso, inclusive. Provavelmente aquelas fichas estão em uma dessas pilhas à sua direita, de assuntos confidenciais — Tsunade indicou.

— Isso não é verdade, e você sabe.

— Se quiser, posso ajudá-la a procurar.

— A retirada das fichas foi feita por Kakashi, por isso não nos demos conta em um primeiro momento. Mas agora fica fácil de imaginar como elas foram parar na sua mesa — Koharu olhou para o lugar onde Shizune estava sentada, ciente da aproximação dela com o Hatake. — Agora eu me pergunto como fez para que as cópias desses documentos chegassem às mãos do kazekage sem que déssemos conta.

— Eu mesma enviei, está nos registros — Tsunade usou o correio oficial porque imaginou que os anciões não iriam supor que ela faria algo que deixasse rastros. O plano tinha funcionado. — Gaara solicitou mais informações, junto ao pedido de que o Time 7 continuasse lá, e eu enviei. São fichas de presídio. Que valor tinham de confidencialidade para criminosos que estavam livres?

— Então você me diz que o Time 7 ter sido escalado para uma missão extracurricular em Suna, que investigava criminosos do País do Chá, foi totalmente coincidência?

— Por que não seria?

— Tsunade — Homura, que estava calado até então, puxou a segunda cadeira vazia e sentou-se, — precisa ser sincera quanto às suas intenções, pois há alguns meses, tínhamos um acordo muito claro, e agora você tem escondido coisas do Conselho.

— Não sei como posso ser mais clara, Homura. Eu assumi o que me perguntaram. As fichas realmente estão comigo e eu as enviei para o Gaara conforme solicitado. A coincidência dos fatos não está sob o meu controle, e eu nem posso lamentá-la. Se Suna aniquilou os responsáveis pela barbaridade que fizeram contra a nossa melhor Kunoichi, só posso expressar gratidão e inveja por terem conseguido o que nos foi negado.

StrokesOnde histórias criam vida. Descubra agora