A resposta

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— Sasuke, o que você realmente quer?

— Quero saber o que você sabe.

— Parece que eu sei menos do que você. Isso eu não posso te dar, infelizmente. Mas sei que irá encontrar — ela ia dar as costas e sair, mas Sasuke a segurou. — Sasuke...

— Sakura — seus olhares soltavam faíscas. Uma amistosa competição silenciosa de quem desvenda quem, e naquela partida, Sakura não estava perdendo.

— Eu te conheço, Sasuke. Sei que quando lança esse olhar tem a intenção de dizer que não entendeu, mas na verdade entendeu perfeitamente o que eu disse e só está tentando descobrir minhas intenções — Sasuke tombou um pouco o rosto para o lado e sorriu sarcasticamente. Por trás dos fios grossos e negros ele lançou lhe outro olhar provocativo e com este ela não pode negar que sentiu-se balançada, não de receio, mas de êxtase, pois ele a desafiava. — Vamos ser diretos, por favor. Naruto não está aqui para cair em prantos caso você diga que quer destruir a vila ou qualquer frase clichê de vilão batido.

— Eu não quero isso.

— Vai saber — encolheu os ombros e crispou os lábios. — Vamos, Sasuke. A hora é agora. Naruto saiu e não vai voltar tão cedo. Vamos tirar essa noite para esclarecer as coisas.

— Sakura, você esteve comigo praticamente o tempo todo e todos os dias desde que saí da prisão. Se eu estivesse planejando algo, você já saberia.

— Eu tive todo esse tempo para me habituar a esse novo você, para decorar seus hábitos, manias, traços e qualquer coisa que te caracteriza, e de certa forma, te melhorar. Eu não consegui, e acredito que nunca conseguirei, por mais proximidade ou intimidade que tenhamos, descobrir o que se passa na sua mente — apontou.

— Você não acabou de dizer que me conhece? Deveria saber que eu jamais estaria tendo esse tipo de conversa com você se não estivesse em paz.

— Não desvie o assunto — Sasuke a olhou com mais firmeza. Parecia que estava quebrando camada por camada das defesas dela. — Ninguém muda do dia para a noite.

— Quem disse que eu mudei?

— Foi uma afirmação ou uma pergunta? — em silêncio, ele se afastou e pegou uma maçã.

— O que você acha? — começou a descascar a fruta com uma pequena faca. Era perigoso estar com o objeto na mão durante uma discussão com a Sakura, mas ele realmente queria se distrair com algo além do olhar penetrante dela.

— Sasuke, eu tô levando bem a sério essa conversa...

— Eu também estou.

— Acho que vou ter que partir para o plano B — ele riu debochado. — Por que está rindo?

— O "plano B" na prisão tinha nome.

— Ibiki — Sakura deduziu.

— Andou aprendendo os métodos dele?

— Não é a minha linha de trabalho.

— Ele não apela para força bruta — aproximou-se do ouvido dela, — mas faz você desejá-la mais do que qualquer coisa — colocou um pedaço de maçã na boca e saiu da cozinha. Irritada, Sakura foi no seu encalço em direção ao quarto.

— Que bom para você que eu resolvo tudo na força bruta — disse empurrando Sasuke na cama que caiu deitado, rindo, enquanto mastigava sua maçã. O vinho que tinha bebido talvez estivesse tomando conta. — Por que quer tanto saber o que conversei com Shizune?

— Queria saber se falaram de mim, já disse.

— E qual o interesse?

— Se for brincar de perguntas e respostas, faça a sua parte — Sakura revirou os olhos e repetiu a pergunta, mas Sasuke estava quase tão teimoso quanto ela. — O que a Shizune disse?

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