País do Vento, Suna
Quarta-feira
O desmaio de Sakura era um indicativo da fragilidade do seu corpo após aquela luta. Por mais que não tivesse usado praticamente nada de chakra na cirurgia do Sasuke, seu corpo parecia pedir por menos esforço.
Uma médica voltou a avaliar a garota e passou as informações para o Naruto, que preocupado, já imaginava como poderiam seguir para a missão com o Sasuke enfaixado e a Sakura debilitada daquele jeito. Ele dormiu na poltrona do quarto da Sakura, e quando acordou, dolorido e incomodado pelo barulho da troca de turno da equipe médica, decidiu que já era hora de falar novamente com o Gaara.
Naquela manhã, Naruto foi recebido na estufa particular do kazekage. Era uma extensão da sua própria casa, improvisada no quintal medindo aproximadamente cinco metros quadrados, dos quais praticamente cem por cento estava ocupado por plantas. Gaara cultivava variadas espécies de cacto, com todo tipo de tamanho, forma e textura. Os maiores ficavam no chão, delimitando trilhas ou pendurados em cestos de corda. Os vasos pequenos e médios eram distribuídos em prateleiras de vidro, deixando as paredes verdes, alterando o cenário sépia que todos os cantos de Suna tinha.
— Nunca imaginei que gostasse de jardinagem — comentou Naruto impressionado.
— É realmente algo no qual empenho tempo de dedicação — Gaara comentou agachado perto de um dos vasos. — Fui avisado de que seus amigos tiveram algumas complicações. Tem algo em que eu possa ajudar?
— Acho que não — Naruto respondeu de pé ao lado dele, observando seu cuidado ao retirar uma pequena muda do vaso. — Sakura já fez um procedimento no Sasuke e aparentemente ele ficará melhor para seguir viagem,
Por Gaara não comentar nada por um tempo, Naruto foi direto ao assunto:
— Gaara, eu vim entender mais sobre o que conversamos semana passada, assim que cheguei. Foi muito rápido e não ficou claro para mim os próximos passos, a missão e tudo mais.
— Vocês vão terminar o que começaram — respondeu simplesmente.
— Eu sei, mas e depois? — foi ignorado novamente.
Assim que Gaara terminou de montar a muda em um pequeno vaso, estendeu para o Naruto. "Um presente", ofereceu, logo em seguida deixando a estufa e caminhando de volta para sua casa, fazendo Naruto segui-lo. Preparou cuidadosamente um chá e serviu para o Naruto na mesa, sentando-se e reiniciando a conversa que sabia que era de interesse para o amigo.
— Sakura pode estar envolvida com tudo isso.
Gaara escolheu ser direto. Ele sabia que a sentença poderia deixar Naruto cético ou até mesmo ofendido, entretanto existiam fortes indícios de que a hipótese estava correta. Precisava ser profissional antes de amigo.
Naruto não soube o que pensar. Fitava Gaara como se buscasse argumentos para refutar, ou como quem esperava que fosse uma brincadeira o que tinha ouvido.
— Fizemos um interrogatório com o refém que trouxeram e conseguimos uma visão clara de toda a situação. A Anbu de Suna já analisou a veracidade das informações, inclusive com a Anbu de Konoha. Com todas as comprovações em mãos, teremos um caso grande.
— Um homem torturado pode falar qualquer coisa para se livrar da dor.
— Nenhum método de tortura foi necessário durante o interrogatório. O refém falou livremente em troca de proteção.
— E se ele mentiu? A Sakura ficou muito conhecida depois da guerra, e fez muitas missões por toda a nação... Não é estranho ela ser reconhecida, mesmo que por criminosos.
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Strokes
FanfictionSasuke ficou três anos na cadeia cumprindo pena pelos crimes que cometeu enquanto era um foragido de Konoha. Ao sair em liberdade condicional, passa a morar o Naruto e a realizar trabalhos para a vila. Sakura detesta a ideia do Uchiha rebelde morand...