O hospital

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País do Vento, Suna

Sasuke e Naruto rapidamente chegaram ao hospital, guiados e escoltados por dois jounins de Suna. O hospital era menor do que o de Konoha, porém com infraestrutura igual ou semelhante.

Anos atrás, Naruto e Sakura em uma situação totalmente distinta: ela tentando salvar a vida de Kankuro e ele assistindo do lado de fora, preocupado também com o sequestro do Gaara. Era um milagre tanto o kazegake quanto o seu irmão estarem vivos após um embate tão violento com a Akatsuki. Na verdade, o milagre tinha dois nomes: Chiyo e Sakura.

Sasuke não sabia de todos esses detalhes, só que Naruto, Sakura e Kakashi ajudaram a resgatar o Gaara e mataram um Akatsuki. Se ele soubesse da contribuição impagável de Konoha para Suna, talvez entenderia mais a recepção estranhamente amigável que estavam recebendo desde o deserto.

A comoção foi grande quando os três chegaram: uma equipe de enfermeiras prontamente os cercou e tentaram colocar a Sakura em uma maca, mas Sasuke negou. Ele fez questão de deixá-la no quarto e acompanhar os primeiros procedimentos. Quando as enfermeiras começaram a cortar a sua roupa suja e endurecida pelo sangue seco, saliva de cobra e areia, Sasuke aceitou que era a hora de ir.

Naruto percebeu que aquilo irritou o Sasuke, mesmo não entendendo o porquê, afinal, os médicos estavam cuidando dela. Convenceu-o a seguir um grupo de enfermeiras para outra ala a fim de receberem cuidados também, afinal, tinham muitos machucados. Foram para a mesma sala, junto de outros jounins, e duas enfermeiras começaram a triagem.

— Relaxa, eles têm bons médicos — Naruto tentava acalmá-lo enquanto aferiram a pressão e temperatura dos dois. — Vão cuidar dela — forçou um sorriso. Em partes pela dor, em partes por não estar gostando daquela proteção descabida que ele estava tendo com a Sakura.

Na outra ala, duas médicas a examinavam. O problema parecia ser principalmente a febre alta, além da evidente e controlável desnutrição. Os enfermeiros limparam como puderam seu corpo e não encontraram escoriações. O Byakugo tinha cuidado desses machucados e outros mais profundos, como a torção do tornozelo.

Enquanto aguardavam o resultado dos exames de sangue, os médicos decidiram mantê-la no soro para se nutrir e controlar a febre com medicação. Seu rosto estava pálido, misturava-se a cor ocre dos lençóis. À primeira vista, era um caso de exaustão e Sakura não corria nenhum risco de vida. Nada grave, mas que precisaria de cuidados: repouso, alimentação e medicação.

Não sabiam quando ela ia acordar, poderia ser em horas ou dias. Cada corpo respondia de uma forma. O interessante era o Selo Yin que não desaparecia de sua testa, causando curiosidade para todos os médicos e ninjas-médicos que a atendiam. Seu corpo parecia querer gritar resistência.

Do outro lado, o braço esquerdo do Naruto e as costelas do Sasuke também receberam o devido cuidados, um ficou com um coquetel para dor e ordens expressas de repouso, e o outro com gesso e tipoia.

— Uzumaki Naruto? — uma enfermeira o chamou, tímida, com uma ficha tapando metade do seu rosto. Ele se levantou e assentiu. Sasuke repetiu o gesto, em respeito a moça. — O kazekage-sama o convidou para visitá-lo na Central de Suna quando estiver melhor — Sasuke olhou confuso para Naruto que sorria com os ombros relaxados.

— Ah, legal! Não vejo a hora de ver o Gaara. Eu iria agora, mas o Sasuke está de repouso.

— Ah, me desculpe — disse desconcertada. — Gaara-sama convocou apenas você — Sasuke sorriu debochado. Pelo visto, essa seria uma situação comum enquanto estivessem em Suna.

— Eu não iria nem se fosse intimado — Sasuke respondeu. Naruto o olhou feio enquanto a moça abaixou a prancheta revelando uma expressão abismada. Como um estrangeiro ousava falar daquele modo dentro do território do kazekage? — Alguém tem que ficar com a Sakura.

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