capítulo 50

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Nikkie

   Dou a mamadeira a Celi, e espero ela arrotar, ela deita no meu ombro, não prometi que iria com as garotas por vários motivos um deles é por que não quero entrar em debate com Emory, Damon tem história com ela e eu não quero matar ela. Mas Will disse a todos que ela os colocou na prisão, ela teve os motivos dela. Mas não engoli nada isso, amor? Will disse que ela ama ele? Deus...isso é amor?

— Podemos conversar? — ele diz escorado na porta com o braços cruzados.

— Agora? — Pergunto dando tapinhas nas costas da bebê.

— Vai colocar ela na cama? — Nego.

Geralmente fico com ela por um bom tempo depois que ela dorme, gosto de como ela dorme como se o mundo fosse um mar de rosas e algodão e que a única coisa perigosas é ela levar um susto por causa de uma lambida de Cerberus que fica de guarda sempre.

— Se for falar baixo ela não vai acordar, ela geralmente tem sono pesado. — Digo colocando o tecido cinza bordado junto com a chupeta.

  Damon mandou fazer para o Ivar uma preta e uma para Celine cinza, a de Ivar está " Número 1" e na de Celine está " Só o tio Damon é o meu favorito", ela gosta do tecido, algo me diz que toda vez que ela vai com o Damon ele a deixa mais grudada a ele. Ela adora o cabelo de Damon desde que abriu os olhos. Já que Damon quase disputavam comigo por atenção dela.
   Celine deita no meu colo segurando a toalha e coloco a chupeta. Pacífica e segura como deve ser. Quando eu a tive só pensei: Tô fodida. Mas agora quase imploro para os bebês chorões da Russia não arrumarem problemas para mim não ter que deixar ela. Odeio ter que viajar e deixar ela aqui. Em alguns países, geralmente o que eu tenho imunidade diplomática, não preciso me preocupar. Então ela vai comigo.

— Você não vai com as garotas? — ele pergunta passando o dedo no narizinho arrebitado da bebê.

— Eu não quero muito ir. — Digo sentando próximo a grande janela com estofados.

— Vocês são quase irmãs Nikkie, Rika quase implora por carinho de você. — Ele diz.

— Eu... só — suspiro olhando para o céu cheio de estrelas — não quero estar lá.

— Por que?

— Porque vai estragar a noite dela com as garotas. — Digo séria. — Elas são amigas e eu só sou a irmã do Damon.

— Você faz parte da família Nikkie.

— Não, Will. — digo olhando pra ele — até hoje eu sou a irmã do Damon, e agora a mãe da Celine. Só isso.

   Ele me encara, sei que sou patética, por dizer isso, mas não me sinto incluída, não me sinto parte de tudo isso. Deixo que a Christiane Fane trate a Celine como avô por que ela é muito melhor que minha mãe. Mas não a considero minha mãe, assim como não enxergo lá cavaleiros como meus amigos. Essa não é a forma de amor que eu cresci, minha forma de amor é obsessiva e dominadora, é psicopata e controladora e eu não entendo esse tipo de amor.
    Me levanto e vou até o berço, deixo Celine dormir com o beijo na bochecha dela e saio, preciso de ar, sempre penso demais, minha cabeça não para e sempre que isso acontece uma merda acontece.
  

Desço as escadas e passo na sala, pego um maço de cigarro na mesa de centro e o cigarro, vou para o jardim e acendo o cigarro procurando não pensar, não surtar,  puxo a fumaça dezenas de vezes e quase imploro para não surtar.
    Sinto dois braços me cobrir e meu campo de visão é tirado de mim. Sinto meu peito com uma orquestra de escola. Ofego e tenho não morrer.

Night of the Devil's DaughterOnde histórias criam vida. Descubra agora