EP 32

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  "Eu sabia que o nosso pra sempre não poderia ser pra sempre... Mas eu esperava que pelo menos durasse até o fim da minha vida..."

  Chegamos em Hilltop... Olhando pela janela vejo todos se aproximando e pelos olhares em seus rosto eu sabia que eles já sabiam da morte do Carl.

  O Rick deceu do carro e a Michonne estava se preparando pra decer. Eu não queria decer, não tava pronta pra ouvir os pêsames e tantas pessoas falando que o Carl estava morto.

- Você não vem?- Michonne me perguntou.

  Eu balancei a cabeça negando. Ela me olhou e eu apenas deitei no banco.

   A Michonne saiu e eu permaneci lá.
 
  Acho que eu realmente só entendi agora o quanto a minha mãe foi forte por conseguir enfrentar a morte do meu pai e não fraquejar e nem se abalar... eu acho que não consigo fazer isso... Eu acho que eu não quero fazer isso.

  De repente a porta do meu lado se abriu.

- Filha...- Minha mãe me chamou.

  Eu não respondi, nem olhei pra ela.

- Minha menina. Você não pode ficar aqui pra sempre- Papai falou.

- Eu posso. Vocês podem me entregar algumas refeições, se eu precisar tomar sol eu abro a janela e se eu quiser dormir esse bancos servem pro gasto- Digo.

- Filha, por favor vamo pra dentro. Você fica em um quarto- Minha mãe fala.

  Eu só queria acabar com aquilo o mais rápido que eu conseguisse então me sentei.
  Eles saíram da frente da porta liberando a minha passagem. Eu fiquei sentada na ponta eu olhei pra frente e vi a Enid, a Carol, o Morgan, a Rosita entre outros me encarando.

  Senti meus olhos enchendo de lágrimas ao saber que todos estavam ali menos o Carl.
  Eu sai do carro e quando fui dar meu primeiro passo... eu desabei no chão por conta da perna, mas foi esse empurrão que eu precisava pra chorar igual nunca.
  Minha mãe e o papai se abaixaram até mim com uma cara de preocupados.

- Tá doendo- Falei.

- Onde dói?- Papai perguntou.

- Minha perna, minha cabeça e...- Comecei a responder.

- O que mais dói?- Minha mãe me perguntou.

- O meu coração. O meu coração é o que mais dói- Respondi- Eu quero o Carl. Eu não consigo viver sem o Carl!

  ✍ Quebra de tempo ✍

  Siddiq estava cuidando dos meus machucando. Descobri que antes de tudo ele fez algum tempo de residência em um hospital.

- Está muito apertado?- Siddiq me perguntou sobre a gaze.

- Tá bom- Respondo.

  Ele terminou de amarrar e eu me levantei da maca.

- Obrigada- Falei saindo de lá.

- Ei, Daisy- Siddiq me chamou.

  Eu me virei pra ele e fiquei esperando ele falar.

- Eu queria te pedir desculpa. Só aconteceu isso por minha culpa- Siddiq diz.

- Não foi sua culpa. O que aconteceu, aconteceu. O Carl fez o que ele achava que tinha que ser feito. Você não obrigou ele a fazer nada e com certeza ele não mudaria nada. Fica em paz...- Eu falo.

  Então eu sai de lá. Fui até o quarto que a minha mãe preparou pra mim.
  Eu tranquei a porta e me sentei na cama e respirei fundo.
   Eu olhei pra baixo e vi a minha mão que estava no meu colo. E nela eu vi a minha "aliança" com Carl e então me relembrei do dia do nosso "casamento".

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