O Príncipe Monstro - Livro 2 da série: Família Fontenelle

capitulo 24

Stella Marin

Já passaram cinco dias desde o ocorrido e desde então não tenho visto o Dom e ele não tem me procurado, fiquei grata por isso por que demonstra que ele vai respeitar o meu espaço.

Agora pensando com mais clareza talvez eu esteja começando a entender os motivos dele de ter feito as coisas daquela forma, no fim ele achou que estava sendo mais respeitoso se tudo o que fosse fazer fosse pessoalmente.

Mas ainda assim não estou pronta para perdoar.

recebi uma mensagem do Marco solicitando a minha presença em uma reunião tatica de muita importÂncia hoje á tarde, no começo eu achei um tanto quanto esquisito por que mesmo eu fazendo parte ativamente da famiglia, eu não sou do grupo indispensavel que trabalha com grandes missões, apenas fui incumbida de realizar pequenas missões e reuniões taticas nunca estiveram incluidas nos planos.

No entanto eu me lembrei que o Marco é um chefe muito capacidado, a famiglia sob o seu comando se tornou ainda mais forte, impenetravel e ameaçadora que na geração anterior, os boatos que correm por aqui é que ele consegue ser ainda mais impiedoso que o seu pai, o que com certeza eleva o padrão de crueldade com os nossos interrogados.

Tomei um banho rapido e coloquei um vestido soltinho, o dia está muito quente para usar algo que não seja confortável.

Desci as escadas, dei um beijinho no topo da cabeça do tio Tom que está no telefone, provavelmente falando com sua nova namorada, e comecei a curta caminhada até a  casa do atual capo da famiglia.

Não precisei bater, o Marco mandou instalar cameras de segurança com sensores de movimento e inteligencia artificial na frente da casa a dois dias, segundo ele abrir a porta era um trabalho desnecessariamente chato e que ele não queria precisar fazer isso para o resto da vida, então aguçou toda sua inteligência e recursos para colocar a inteligencia artificial e a camera para reconhecer os rostos e os que forem autorizados tem a entrada imediata permitida.

Coisa de outro mundo com certeza.

Entrei e fechei a porta atrás de mim.

Eu nunca estive presente em uma reunião assim, mas deduzi que assuntos importantes são para serem conversados no escritório, e como eu e a Ana ficamos amigas eu sempre acabo vindo aqui, então sei exatamente onde o escritorio fica.

Mesmo com essa casa sendo um absurdo de tão grande. O Marco justifica o tamanho da casa com o fato de serem duas alas formando uma so casa, uma ala para ele e uma para a Beatrice que ainda esta em construção, ela pretende ir morar lá assim que tudo estiver habitável.

Comecei a ouvir um som alto de conversa vinda da direção do escritorio, ao que parece eu acertei na localização.

Bati na porta três vezes para me fazer anunciar e entrei logo em seguida, dando de cara com uma reunião realmente cheia.

O Marco esta atrás da mesa com a sua esposa perfeitamente sentada em seu colo, no sofá estão a Bea, o Domenico, o senhor Peppe e a senhora Natasha, o tio Tom e até o Henrique, que não é um membro da familia, é apenas o atual chefe da segurança e um amigo próximo do Capo.

— Oh, Stella querida, entre, faltava apenas você. — Tio Tom disse sorrindo ao me ver.

Desviei do olhar do Dom e entrei no escritório, me sentando perto da Bea que abriu espaço entre ela e o Henrique para mim.

— Agora que todos estão aqui, podemos começar a reunião.— Marco anunciou batendo a caneta na mesa de forma rítmica e de certa forma irritante.

— Deve ser algo muito importante, afinal nem pra mim você falou.— Bea disse parecendo um pouco contrariada por constatar que o seu irmão não lhe contou algo de verdadeira importância.