O Príncipe Monstro - Livro 2 da série: Família Fontenelle

Capítulo 45

Stella Marin

Temos dois noivados ao mesmo tempo dentro dessa família e isso é um acontecimento e tanto.

Tio Tom ficou super animado com a possibilidade de um casamento duplo com o filho, mas eu descartei a ideia, quero esperar o resultado do teste de paternidade antes de pensar no casamento, então a Rute mesmo sem me conhecer me ajudou e convenceu ele a aceitar fazer festas separadas e hoje é a festa de noivado deles dois.

O marco importante é que todos nós vamos finalmente conhecer a mulher que fez o tio Tom ter vontade de se casar novamente, o que é um acontecimento ainda mais importante.

Me lembro que quando cheguei aqui ele sempre mexia em uma caixa com fotos, cartas e outras coisas que o conectam a mãe do Dom. Não consigo imaginar o quão difícil deve ser perder alguém a quem se ama sabendo que será para sempre.

Ana escolheu a minha roupa como sempre, ela não parece confiar muito no meu estilo e sempre acaba tomando a frente e não só do que eu vou vestir, mas do que a maioria de nós vamos.

Ela é um pouco controladora quanto a isso.

- Acha que o meu pai vai estar feliz o bastante hoje para me deixar dormir aqui?- Dom perguntou aparecendo no meu quarto enquanto tenta, completamente sem sucesso, apertar o nó da Gravata.

Ele travou na porta assim que ergueu o olhar para mim, completamente parado aparentemente decidindo o que falar.

- Dom? Você está bem?- Perguntei em uma mistura de preocupação e risos.

- Eu... Nossa. Você está perfeita Estrelinha, Dio mio, eu sou o homem mais feliz do universo.- Disse me deixando com as bochechas quentes de vergonha.

Eu adoro que ele olhe para mim assim, com tanta admiração.

- Acha mesmo?- Perguntei com um sorriso bobo e apaixonado.

- Se eu acho? Agora eu definitivamente vou dormir aqui, se o meu pai não deixar eu pulo a janela.- Meu noivo respondeu desistindo de sua gravata me puxando para perto pela cintura.

- Vai pular a minha janela para quê?- Questionei colocando as mãos em sua gravata para fazer o nó corretamente.

Domenico sorriu me deixando com as pernas bambas, de um jeito que só ele sabe fazer.

- Te conto mais tarde.- Retrucou erguendo sugestivamente uma das sobrancelhas.

- Anda, vamos embora por que eu sei bem onde essa conversa vai parar.- Peguei a sua mão para nos tirar de dentro do quarto antes que ele consiga colocar a sua brilhante ideia em pratica, por que eu sei que se ele fizer isso eu não tenho forças o bastante no corpo para resistir.

- Só um pouquinho, deixa de ser malvada.- Ele foi protestando o caminho inteiro até a sala de estar onde encontramos o Conrad e a Luara, tios do Dom, estão na sala nos esperando para irmos juntos para a casa do Marco, a festa vai ser realizada lá já que a casa dos chefes e sempre a maior.

Lucien não veio, ele anda muito ocupado com os preparativos para a cerimonia de transição para chefe de sua própria máfia e pediu desculpas pela ausência, mas mandou avisar que com certeza vai estar presente no casamento.

Eu compreendo ele estar tão abarrotado de coisas para fazer ultimamente, como ele é o segundo filho nunca recebeu o preparo para ser o chefe, o primeiro no comando, essa responsabilidade sempre foi atribuída ao Enzo, tudo já estava estabelecido desde o momento em que os dois nasceram, Enzo seria o primeiro no comando e o Lucien o segundo. Infelizmente coisas que fugiram do controle da família aconteceram e de repente o Lucien se viu tendo que assumir uma responsabilidade que não era dele.

Deve mesmo ser muito difícil para ele, especialmente por que vai precisar fazer tudo sozinho já que suas irmãs decidiram que deixariam a vida da máfia para trás.

- Achei que fosse ter que ir buscar vocês dois lá em cima.- O Conrad disse com um sorriso travesso no rosto.

Eu gosto muito deles dois a pesar de não chamar eles de tio e tia, fiquei muito contente ao saber que mesmo o Dom se culpando diariamente pela morte de seu primo, os pais do Enzo nunca o culparam por isso.

- Se dependesse de mim eu estaria lá ainda.- Domenico respondeu dando a entender para qualquer pessoa com o mínimo de entendimento o tipo de coisa que ele gostaria de estar fazendo agora.

- Calma ai campeão, a noite está apenas começando e no momento o seu compromisso é com o seu pai.- Conrad disse novamente me fazendo rir.

Acho que nunca vou me acostumar com a naturalidade que todos eles falam sobre isso nessa família, sempre vou acabar ficando constrangida.

Nós fomos caminhando mesmo, seguindo a passos tranquilos por que a casa do Marco é a pouco mais de três metros de distância, praticamente ao lado da casa do tio Tom.

Daqui já é possível ver o jardim completamente iluminado e uma musica suave ecoando, uma atmosfera chique, sofisticada e aconchegante ao mesmo tempo. Realmente a Ana e a tia Natasha tem um gosto excelente para arrumações desse tipo.

Entramos e seguimos diretamente para o jardim, a mesa de jantar tem vários tipos de comidas expostas, especialmente lasanhas de diversos sabores, no entanto o Dom parece estar encarando cada uma delas como se fossem uma tortura materializada em sua frente.

- O que houve, amore mio?- Questionei interrompendo os meus passos para olhar para ele com mais atenção.

Dom fez uma expressão tristonha me deixando com o coração apertado.

- Eles estão servindo lasanha.- Disse como se isso respondesse tudo.

- Vou precisar de mais do que isso. Lasanha não é sua comida favorita?- Questionei franzindo a testa.

- É exatamente isso, mas eu não posso comer por um tempo por causa de uma promessa que eu fiz.- Respondeu aparentando estar cada vez mais triste.

- Que promessa? Aposto que não foi nada tão importante, pode comer.- Falei tentando não rir de como ele está parecendo uma criancinha chorosa nesse momento.

Dio mio, um homem desse tamanho triste por que não pode comer lasanha é no mínimo a coisa mais engraçada que eu já vi em anos.

- Não, eu prometi que se você quisesse ficar comigo eu não comeria lasanha por alguns meses, e agora você é minha noiva não posso arriscar.- Retrucou parecendo decidido demais para ser convencido do contrario.

- Acha que essa promessa ajudou na minha decisão?- Questionei achando a coisa mais fofa do mundo ele ter chegado ao ponto de fazer uma promessa para me ter ao seu lado.

- Eu não sei Estrelinha, mas não vou arriscar. Alguns meses sem minha comida preferida não são nada comparado a uma vida inteira sem você.- Respondeu de forma solene e nesse momento eu ignorei totalmente o fato de que o nosso noivado ainda não é de conhecimento publico dos membros da famiglia.

Nem mesmo fiquei preocupada com as fofocas que começariam a surgir, nada disso me importou.

Fiquei na ponta dos pés e inclinei o corpo em sua direção sabendo que resposta nenhuma falaria tudo o que eu sinto por ele, mas um beijo é uma boa forma de começar.

Dom não demorou para perceber a minha intenção e com um sorriso satisfeito no rosto ele colou as nossas bocas, se importando tanto quanto eu com os olhares a nossa volta.

Foi um beijo curto, mas cheio de sentimento. Assim que nos afastamos ainda com um sorriso bobo no rosto eu virei para verificar se muitas pessoas nos encaravam, e praticamente toda a festa observava a cena de demonstração publica de afeto.

No entanto os meus olhos se prenderam aos de uma pessoa em especifico, uma que fez a minha espinha congelar quase que imediatamente.

Nicco. E ele não parece feliz com o que estava vendo.

Amoresssss, ola, kkkkkkk eu estou muito empolgada com essa historia, e espero que vocês tambem! não esqueçam de votar e comentar MUITO