capítulo 17

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Domenico Fontenelle

Eu enlouqueci com toda certeza.

Eu sempre achei que beirasse a loucura mesmo, mas nunca imaginei que de fato sucumbiria a ela, e imaginei menos ainda que estaria adorando isso.

Perguntei a ela o quanto ela está disposta a experimentar hoje, e eu admito que estou pedindo a Dio que ela esteja disposta a muito mais que apenas um beijo, por que sinceramente eu duvido muito que a minha capacidade de raciocínio não tenha sido permanentemente afetada nessa momento.

Talvez se ela falar algo que eu não quero ouvir eu simplesmente não ouça.

Isso seria extremamente descortês.

— Eu estou maluca.— Stella sussurrou baixinho com a respiração rápida.

Segurei ainda mais firme em sua cintura.

— Não é loucura querer mais do que um beijo. — Respondi rezando para que ela concorde comigo.

Claro que eu não vou forçar ela a coisa alguma, mas tenho a leve impressão de que se eu tiver que parar vou ficar com um sério caso de bolas azuis.

— Eu quero mais que isso, mas estou pensando se vale a pena. Você conhece as regras.— Ela disse e eu finalmente entendi o que ela estava querendo dizer com "é loucura."

Realmente, desrespeitar as regras estabelecidas na famiglia é uma grande loucura, especialmente quando as pessoas acabam descobrindo, mas eu duvido muito que alguém vá ficar sabendo.

Além disso as regras só seriam aplicadas em caso de não haver um casamento, por que aí ela seria mandada para um prostíbulo e eu levaria uma bala na cabeça.

A segunda opção é ficarmos calados e deixar seguir as negociações de casamento dela com o Nicco, mas caso ele acabasse descobrindo o resultado seria o mesmo que o da primeira opção.

Mas Grazie Dio que existe uma terceira opção, e essa é mil vezes mais agradável e com certeza é a que me deixa mais contente.

— Não vai acontecer nada, por que quando você sentir que é a hora, nós vamos nos casar.— Falei saboreando a sensação de satisfação que as palavras me deram.

Parece que elas não tiveram o mesmo efeito na mulher na minha frente.

— Casar? Como assim, Dom? — Ela questionou com os olhos um pouco arregalados de susto.

— Casar amore mio, ou você acha que eu vou deixar você casar com o idiota?— Respondi com um sorrisinho satisfeito.

Eu decidi sair com a Stella com o propósito sério de fazer ela desistir da loucura de casar com o imbecil, mas na verdade eu só aproveitei a oportunidade de usar isso como pretexto.

Desde que nós nos conhecemos eu sempre cultivei um carinho especial por ela.

Eu admito que é diferente de tudo o que eu já senti por qualquer outra mulher na vida, e eu sabia que nem que eu tivesse mil anos pra me redimir por todos os meus erros, ainda assim eu não mereceria a estrelinha.

Eu respeitei isso por esses dois anos, mas agora sinceramente? Eu quero que se dane qualquer consequência que recaía sobre o universo por que eu estou ousando ter algo que eu não mereço.

— Mas não vamos apressar nada, tá bom? Não quero fazer besteira por andar tão rápido.— Ela disse com as bochechas coradas e eu apenas Assenti com a cabeça recebendo isso como uma permissão para continuar.

Inclinei o meu corpo sobre o dela mais uma vez e a beijei com carinho e intensidade.

Já beijei milhares de mulheres na minha vida, e agora que eu estou com ela nos meus braços eu posso comparar e ter certeza de que as pessoas que dizem que beijar alguém com quem existe sentimento é bem melhor.

Stella, ainda um pouco  nervosa começou a enroscar o meu pescoço com as mãos, sorri contra sua boca quando senti a ponta dos seus dedos gelados contra a minha pele.

É engraçado existir alguma parte dela gelada em um momento tão quente quanto esse, a tensão quase pode ser vista e apalpada.

Aproveitei o pensamento sobre apalpar e desci as mãos para a bunda dela e dei uma boa apertada, desejando que essas camadas de roupas não existissem mais.

Calma Domenico, tudo a seu tempo.

Desci beijos lentos por toda a extensão do seu pescoço, dividindo entre beijar e mordiscar levemente a pele arrepiada.

— Eu adoro saber que só eu deixo você assim.— Sussurrei no ouvido dela e ousei um pouco mais, coloquei a mão entre as penas dela, acariciando o interior das coxas completamente úmidas, eu desejei subir um pouco mais, mas decidi ir devagar.

Me forcei a lembrar que essa vai ser a primeira vez dela, então todo o romantismo  que eu puder oferecer ainda é pouco perto do que ela merece.

Peguei a mão esquerda dela e coloquei em cima do meu coração, por tempo o bastante para que ela sinta os meus batimentos acelerados.

— E só você me deixa assim.— Sussurrei no mesmo tom de voz que antes.

Percebi que a mão que ela ainda mantinha firme no nó da toalha foi afrouxando um pouco mais a cada segundo, então levei a minha mão até lá e soltei a toalha tendo uma visão completa do corpo dela.

Os seios não são muito grandes nem muito pequenos, são do tamanho perfeito para caber na minha mão com perfeição.

Pude notar algumas cicatrizes também, umas maiores do que as outras, mas todas fizeram o meu sangue borbulhar de raiva principalmente por saber de onde vieram a maioria delas.

Stella percebeu que eu travei no lugar olhando as cicatrizes, e grazie Dio que ela não pensou ser por achar feio ou algo do tipo, e sim por estar fervilhando de ódio.

— Você tem algumas lembranças daquele dia também, mas tem que deixar pra lá.— Ela disse passando a mão no meu rosto tentando me acalmar.

— Não sei como deixar pra lá.— Confessei.

Eu até pensei em cobrir as cicatrizes com tatuagens, pensei seriamente mesmo, mas eu percebi que eu não quero esconder nenhuma delas, quero esse lembrete constante e diário toda vez que eu olhar pra mim mesmo no espelho, só assim pra eu não esquecer nunca que existem pessoas de quem eu preciso me vingar.

E eu não vou parar até conseguir.

— É só não deixar isso interferir e controlar a sua vida. Eu sei que as minhas não são bonitas, mas apesar de fazerem parte de quem eu sou elas não são tudo o que eu sou. Entendeu?— Sorri com a forma dela de ver a vida.

Tive mais certeza ainda de que ela é a luz da minha vida, a minha estrelinha.

— Não vou deixar isso atrapalhar nós dois hoje.— Falei voltando a nossa atenção para o que importa.

Nós dois, e nada mais que isso.

Voltei a unir a boca dela na minha com um pouco mais de força ansioso por tudo o que vai acontecer a partir de agora.

Ela vai ser minha, e esse momento vai ser pra sempre nosso.





Oi meus amoresssss, tudo bem com vocês?
Primeiro capítulo do anoooooooooooo
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O Príncipe Monstro - Livro 2 da série: Família Fontenelle Onde histórias criam vida. Descubra agora