Capítulo 21

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Domenico Fontenelle

Stella tinha ido conversar com o Nicco para colcoar um ponto final em quaqlquer coisa que tivesse começado entre eles, e eu nem preciso dizer o quanto isso me deixou feliz, eu estava morrendo de medo de que ela ainda não tivesse certeza de que quer mesmo ficar comigo e fosse continuar saindo com ele.

Acho que eu morreia se tivesse que dividir a minha Estrelinha.

Eu perguntei se ela queria que eu fosse junto com ela, mas a Stella disse que não precisava e que de qualquer maneira segundo ela ele iria saber que estava sendo trocado por mim e isso o deixaria magoado.

Eu quero mais é que ele se dane.

Mas fiz o que ela me pediu e fiquei no carro com o meu pai no portão esperando por ela.

- Filho, você sente falta da sua mãe? - Meu pai perguntou com a voz distante.

Franzi a testa me desconcentrando um pouco da preocupação com a conversa da Stella, afinal o Nicco deve gostar de viver o bastante para não fazer nada com ela.

- Como assim pai? A minha mãe morreu quando eu nasci. - Retruquei sem entender a pergunta, afinal ele sabe de tudo isso melhor do que eu.

Foi ele quem perdeu um grande amor e teve que continuar firme pra criar um filho sozinho, já eu nem tenho lembrança dela.

- Eu sei que você não a conheceu e eu realmente lamento isso, ela amava muito você, mas mesmo sem conhecer você sabe se sente falta.- Ele disse dando de ombros e eu ponderei um pouco a respeito.

Nunca pensei nisso, pelo menos não dessa forma.

- Acho que sim, é sinto sim pai. Claro que a minha criação não deixou nada a desejar, você sempre fez o melhor por mim, mas tem uma parte da minha vida que sempre vai ficar vazia. - Respondi dando de ombros.

Pensar na minha mãe sempre me deixou um pouco triste, sempre me perguntei se não foi minha culpa ela ter morrido.

- Perder ela foi a pior coisa da minha vida, aquele foi o pior e o melhor dia da minha vida ao mesmo tempo. Melhor por que ganhei você e pior por perder a sua mãe. Você gostaria muito mais dela do que de mim, aposto.- Meu pai disse com um sorriso nostalgico no rosto, como se estivesse se teletransportando pra um lugar distante onde a minha mãe ainda vive.

Ele não faz mais isso com frequência desde que eu era criança.

- Por que ela era compreensiva com bagunça? - Perguntei rindo fazendo ele rir um pouco tambem.

- Ela era a melhor em tudo filho, tudo. Todos os membros da famiglia a amavam, ela era uma mulher muito amavel. Tratava todos com educação e com bondade, independente da classe que ocupassem, ela adorava ajudar as pessoas, não tinha uma única pessoa que não gostasse dela.- Ele disse com um sorriso feliz e saudoso ao mesmo tempo.

O tio Peppe disse que eles dois eram um casal digno de nota, muitos apaixonados e muito unidos, a relação deles sempre foi de um tipo que não se encontra facilmente em lugar nenhum.

É bom saber que eu sou o resultado de uma coisa assim.

— Você amava muito a minha mãe, não é?— Perguntei só pra ouvir a confirmação de novo.

— Dom, eu vou amar pra sempre.— Ele respondeu solenemente.

- Eu sei pai, só queria ouvir mesmo.- Retruquei rindo.

- Dom, se eu resolvesse me casar de novo, você acharia ruim?— Ele perguntou alternando o olhar entre mim e os seus próprios pés.

Eu abri um sorriso finalmente entendendo todo o rumo da nossa conversa.

A Stella comentou comigo que ele tá saindo com alguém a um tempo, e eu imaginei que em algum momento fosse evoluir para um casamento, mas como ele não tinha comentado nada eu cheguei a achar que fosse só um envolvimento passageiro.

Parece que eu me enganei.

- Pai, eu quero que você seja feliz, se essa mulher te fizer feliz então eu também fico.— Respondi e ele me olhou com gratidão e um pouco de alívio.

Foi aí que eu percebi que ele estava com medo da minha reação, e eu vi no mesmo momento que pra ele não importa que eu já seja adulto e independente, se eu dissesse que não me sinto bem com essa relação ele não a levaria adiante sem pensar duas vezes.

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa a porta do meu lado abriu e a Estrelinha entrou no carro com a expressão um pouco vaga e distante.

— Aconteceu alguma coisa?— Questionei em um sussurro.

— Nada, o Nicco ficou um pouco magoado comigo, mas tá tudo bem.— Ela respondeu com um sorriso fraco.

Não sei se acredito muito no que ela tá falando, mas como eu posso saber se ela estiver mentindo?

Sacudi a cabeça para afastar a ideia de que ele pode ter feito alguma coisa com ela, como eu disse ele deve ter amor a própria vida o suficiente pra manter seus ataques de faniquitos sob controle.

Acredito que se alguma coisa tivesse acontecido ela me contaria.

Fomos o caminho sem conversar sobre nada de importante, deixei eles dois em casa e fui para a minha casa também.

Por mim eu ficaria lá com a Estrelinha, mas como o meu pai ainda não sabe que estamos juntos eu não quis que ele ficasse sabendo dessa forma.

E eu ainda me pergunto se ele vai gostar da notícia ou se vai ficar irritado comigo já que ele é praticamente um pai pra Stella então seguindo essa lógica eu e ela deveríamos ser como irmãos.

Prendi a risada.

Nunca vi noção tão ridícula e inaplicável na minha vida quando a ideia de ver a ela como uma irmã.

Estacionei o meu carro e entrei em casa com o celular vibrando insistentemente.

Mas que inferno, quem é tão chato assim?

Peguei o celular e engoli em seco quando olhei o visor.

Karla.

Ignorei a chamada e voltei a colocar o celular no bolso.

Ela tem que voltar logo de viagem pra eu terminar isso de uma vez e poder ficar com a minha Estrelinha sem peso na consciência.





Oi meus amoresssss, o capítulo tá pequeno, mas foi o melhor de hoje kkkkkkk
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O Príncipe Monstro - Livro 2 da série: Família Fontenelle Onde histórias criam vida. Descubra agora