capítulo 36

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Domenico Fontenelle

A Estrelinha conseguiu arrancar todas as informações que nós precisávamos!

— Pega essa metralhadora, Dom, você consegue lidar melhor com armas pesadas.— Bea falou retirando uma metralhadora de tamanho bastante reduzido do nosso arsenal.

A maioria das nossas armas pesadas são confeccionadas especialmente para a nossa organização, elas serem de tamanho reduzido é pura estratégia, isso possibilita uma grande maximização de tempo e de ação.

Conseguimos ótimos resultados desde que o Marco implementou esse sistema, ainda estamos todos nos adaptando é claro, afinal é uma reforma que foi imposta a aproximadamente dois anos, é algo recente, no entanto de qualquer forma os resultados estão impecáveis para algo tão novo.

Talvez seja por coisas assim que as pessoas nos vejam menos como humanos, e mais como deuses do olimpo.

Estendi a mão e peguei a arma.

Tanto eu quanto ela começamos a nos preparar assim que notamos que a Stella conseguiria atingir o nosso objetivo, se eu bem conheço os meus primos tenho certeza de que o Lucien já enviou de alguma forma uma gravação da espionagem para o Marco para ele comprovar para o chefe do Cartel a traição que ele está sofrendo, só assim vamos ter total liberdade para agir sem compaixão em seu território.

Não demorou muito para chegar uma mensagem no meu celular sinalizando que estamos autorizados a sair do esconderijo para encontrar o Marco e o Alessandro Hernández, o atual chefe do Cartel, segundo a mensagem ele está bastante furioso com o seu até então, braço direito.

Terminamos de pegar boa parte do Arsenal e seguimos caminhando para a casa principal, o hospedaria onde a Stella e o Henrique estão é a poucos metros de lá, e consequentemente a poucos metros do nosso esconderijo também.

Chegamos rapidamente e não precisamos entrar na casa, o Marco está parado na entrada junto a um homem de uns 35 anos bastante furioso e uma mulher bem grávida ao lado deles. Supus imediatamente que são os Hernández, afinal não existem possibilidades de algum soldado ter trazido a esposa para momentos antes de um fogo cruzado.

— Chegamos, primo.— Anunciei assim que eu e a Bea estivemos próximos deles o bastante.

— Ótimo, estávamos esperando apenas vocês. Esse é o Alessandro e sua esposa Rafaela.— Marco apresentou e eu estendi a mão para o homem bravo a minha frente em sinal de cumprimento.

Deve ser realmente absurdamente irritante saber que depositou uma confiança imensa e deu tanto poder a alguém que não merecia, eu não consigo imaginar o quanto ele deve estar furioso consigo mesmo por não ter percebido os muitos indícios de traição.

— O acordo foi firmado?— Perguntei me referindo a proposta de tornar a filha que está prestes a nascer a prometida do Rael.

Analisando pelo panorama leigo parece extremamente cruel da nossa parte comprometer crianças uma com a outra de forma tão precoce, mas isso é o que evita diversos confrontos que seriam terríveis e sangrentos, além de proporcionalizar a melhor forma de aliança entre máfias.

— Sim, inclusive assinamos um termo de responsabilidade, a partir de agora o cartel está completamente comprometido com a cosa nostra.— Alessandro respondeu em uma promessa pessoal silenciosa e eu Assenti com a cabeça.

O futuro do Rael já está decidido, e eu sei que ele vai ser tão decidido a honrar a famiglia quanto o seu pai e o seu avô.

— Podemos ir antes que a Rose acabe falando mais do que deve?— Marco questionou engatilhando a arma.

O Príncipe Monstro - Livro 2 da série: Família Fontenelle Onde histórias criam vida. Descubra agora