Capítulo 47

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Domenico Fontenelle

— Amore mio, tem certeza que está bem?— Perguntei a Stella pelo que deve ser a décima vez hoje por que verdade seja dita, tem alguma coisa muito errada acontecendo, eu não sou idiota.

 Nós brindamos em comemoração a felicidade do meu pai e o brilho de felicidade que ela tinha nos olhos quando chegamos aqui simplesmente desapareceu e eu não posso ignorar esse fato.

Tem algo que ela definitivamente não está me contando e eu não gosto nenhum pouco disso. Caramba, temos que exercitar a confiança aqui!

— Eu te explico depois, está bem?— Perguntou baixinho sabendo que isso não é o suficiente para mim.

— Não, eu quero que você me conte agora.— Retruquei começando a ficar bravo.

Não com ela, acho que eu sou biologicamente incapaz de ficar verdadeiramente bravo com ela não importa o que ela faça, mas sim com a situação.

— Melhor você contar logo.— Bea comentou casualmente totalmente direcionada para nós para não interferir na conversa aleatória que tomou conta da mesa.

— Bea!— Stella repreendeu a minha prima que deu de ombros despreocupadamente.

— É melhor contar, se ele descobrir sozinho pode ser pior.— Bea disse e eu me limitei a concordar veemente com ela.

Stella pareceu ponderar sobre as suas opções e ao que tudo indica ela escolheu ceder justamente para a correta, gazie Dio.

Começou a erguer lentamente um dos braços até que estivesse visível o suficiente para mim.

Franzi a testa e estendi a mão para tocar ao redor do seu pulso que se encontra no momento assumindo um tom de roxo.

E não é de qualquer roxo, mas o hematoma marca perfeitamente o formato de uma mão.

Senti uma fúria sobrehumana começando a tomar conta do meu corpo e o resultado disso com certeza não vai ser nada bom.

Cazzo, alguém machucou a minha Estrelinha!

Quando a salvamos daquele cativeiro e a salvamos de um destino terrível que ela com certeza teria eu jurei para mim mesmo que nunca mais ninguém voltaria a machuca-la e não fui capaz de cumprir a minha promessa!

Cazzo!

Posso não ter sido capaz de evitar o acontecimento, mas com certeza vou ser capaz de punir o infeliz!

— Quem fez isso com você?— Perguntei tentando controlar a raiva fervilhando em meus olhos para não deixar a minha Estrelinha assustada, obviamente eu falhei miseravelmente. Ela ficou apavorada.

— Não quero dizer.— Ela respondeu encarando as próprias unhas.

— Melhor me contar Stella, é sério.— Respondi concentrando na minha respiração para manter a minha paz e tranquilidade.

Stella pareceu pensar por muito mais tempo do que eu gostaria até finalmente se dá por vencida. Gazie Dio o resto da nossa família continuam completamente alheios à nossa conversa, incluindo a Bea que agora está completamente entretida em uma conversa muito interessante com o Rael que segue se recusando a pegar no sono.

— Tudo bem, eu conto, mas tenta ficar calmo per favore. — Pediu e eu Assenti mesmo sabendo que provavelmente não vou cumprir a minha palavra.

— Foi o Nicco, digamos que ele não reagiu bem ao fato de eu ter decidido romper qualquer coisa que a gente tinha, naquele dia ele foi bem rude comigo, mas hoje ele chegou a ser agressivo por que ficou furioso quando viu nós dois juntos.— Ela despejou de uma vez acariciando com cuidado o pulso machucado.

Eu nunca fui um deus da calma e nunca desejei ser um, mas em um parâmetro geral eu sempre fui um cara bastante tranquilo, entretanto quando a raiva toma conta de mim geralmente é incontrolável.

— Aquele desgraçado fez isso com você?— Perguntei forçando a respiração pelo nariz esperando que ela respondesse, coisa que não fez.

— E só parou por que eu apareci, Fratello.— Bea disse voltando a atenção para nós rapidamente.

Desisti de fingir que eu tenho a capacidade de ficar tentando entender o que aconteceu, quando aconteceu ou o motivo dele ter parado.

Tudo o que eu quero é encontrar aquele desgraçado e reduzir ele a pó.

Depois eu pedirei desculpas ao meu pai.

Me levantei entorpecido pelo ódio, enxergando tudo vermelho de tanta fúria e sai procurando entre as pessoas o rosto conhecido e odiado do Nicco.

Quero tanto que ele morra.

Não, melhor que isso, quero eu mesmo ter o prazer de matar.

Alguém deve estar desejando a mesma coisa que eu por que não demorou muito para eu encontrá-lo.

Me aproximei sorrateiramente, colocando em prática o que eu aprendi na iniciação sobre me aproximar do inimigo sem ser percebido.

Ele só se deu conta quando eu o virei e lhe dei um soco com toda força no mesmo segundo.

Nicco caiu no chão com força por não ter preparado o corpo para o embate, logo que ele se deu conta de quem o atingiu se levantou com raiva e veio para cima de mim, sem se importar com o fato de estarmos rodeados de pessoas.

Ótimo, tudo o que eu queria era mais motivos para acabar com esse desgraçado.

Não dei espaço para ele me acertar, dei vários socos acertando principalmente em seu rosto com o objetivo de deixá-lo completamente destruído.

Bati a cabeça dele no chão três vezes antes de alguém começar a me puxar com força para trás.

— Me larga, Cazzo!— Exclamei tentando me soltar do aperto do meu pai e do meu tio.

— Sua sorte é que a sua família veio livrar a sua cara, imbecil! — Nicco retrucou tentando de soltar também.

Marco apareceu atirando para o alto para nos fazer ficar em silêncio.

— Acabou essa droga na minha casa! Henrique, tira esse inútil daqui antes que eu estoure os miolos dele. E Nicco, caso não tenha ficado claro, você está terminantemente banido da organização.— Meu primo disse e o Nicco olhou para ele com toda raiva que poderia direcionar a alguém.

No mesmo momento Henrique apareceu para arrasta-lo sozinho para o lado de fora. Ele nem devia estar aqui para começo de conversa.

— Você me paga!— Nicco disse olhando para mim em tom de ameaça.

— Acha que você me assusta? Eu passei pelo inferno e sobrevivi sem imbecil! Encosta na minha mulher de novo e eu te mato, entendeu?— Retruquei usando um tom de voz ainda mais ameaçador do que o que eu pretendia.

Espero que ele perceba que eu não estou para brincadeiras, não quando o assunto é a minha Estrelinha.

Ele foi arrastado para fora por Henrique e o ar ficou até mais respirável depois disso.

Senti mãos pequenas e delicadas rodeando o meu braço e não precisei me virar para ver quem é, o toque já é mais do que familiar para mim.

— Era isso que eu queria evitar.— Stella disse apoiando a cabeça no meu braço com a voz triste por ter visto a festa eclodir.

— As pessoas já estão distraídas de novo Estrelinha, não se preocupe com isso, só nunca mais me esconda nada.— Pedi virando para ela.

— Prometo.— Respondeu com um sorriso ao ficar na ponta do pé para me dar um beijo casto nos lábios.

Automaticamente senti o meu corpo relaxando novamente fazendo uma nova promessa para mim mesmo: se o Nicco se  atrever a encostar nela de novo, por mínimo que seja, eu o mato.



Amoresssss, olha o capítulo novinho pra vocês feito com todo carinho♥️

O Príncipe Monstro - Livro 2 da série: Família Fontenelle Onde histórias criam vida. Descubra agora