Capítulo 37

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Domenico Fontenelle


— Realmente fico grato por ter me alertado Marco, eu odeio precisar admitir, mas se não fosse por você eu provavelmente teria sido morto no futuro pelo Daniel.—  Alessandro disse enquanto caminha ao lado do meu primo na direção do nosso avião particular.

Dio sabe o quanto eu estou me sentindo aliviado por poder estar retornando para a minha casa logo depois de ter aquela conversa com a Karla ou eu ficaria maluco passando mais dias aqui.

Preciso que isso seja resolvido imediatamente.

—  Não precisa agradecer por isso, infelizmente traidores podem surgir em nosso meio, a nós cabe apenas cortar as suas cabeças como se fossem ocobras.—  Meu primo retrucou com um sorriso satisfeito.

Agora estamos mais proximos de pegar o Jean, e finalmente estamos um passo a frente dele para montar o elemento surpresa.

—  De qualquer forma eu agradeço e fico contente por nossas familias estarem unidas de agora em diante.—  Alessandro disse me lembrando automaticamente do acordo de casamento que envolve o meu sobrinho.

— Espero que esteja lembrado das regras que a sua filha vai ter que seguir para que o acordo se mantenha Alessandro, por que é otimo sermos aliados, no entando se as regras forem desrrespeitadas você sabe que uma guerra vai eclodir entre nós.— Meu primo avisou e o outro homem assentiu com atenção.

— Não se preocupe com isso Fontenelle, a minha filha será uma prometida tão exemplar quanto a sua esposa foi para você. —  O chefe docartel disse e eu fiquei em duvida se ele sabe de alguma coisa sobre a festa de aniversário da Ana de anos atrás e disse isso por claro deboche, ou se realmente acredita na pálavra exemplar.

Marco sorriu e lhe deu as costas sem responder, mas ao meu lado ele olhou para baixo e depois para mim com uma expressão de exaustão.

—  É exatamente disso que eu tenho medo.—  Me disse e eu ri instintivamente.

Me lembro como se tivesse sido ontem a festa de aniversário da Ana, foi um bom tempo antes do meu sequestro, quando eu ainda conseguia ter noites decentes de sono. Nós  tinhamos ido para o Brasil conhecer e anunciar o noivado entre o Marco e a Ana, mas o meu primo costumava ser um grande imbecil antes de se casar e criou um grande problema quase insoluvel.

Por sorte depois de casados tudo ficou na mais perfeita paz e amor entre os dois.

Entrei no avião logo em seguida arrastando o Daniel desacordado com a ajuda do Henrique. Nós não iamos fazer isso, realmente não fazia parte dos planos, mas ele tentou fugir e não parava de berrar que nós iriamos nos arrepender disso que foi inevitavel considerar coloca-lo para dormir durante a viagem.

Ideia perfeitamente realizada por Bea, que encontrou em uma de suas armas um cartucho de tranquilizante.

— Ele é bem pesado.—  Henrique comentou logo depois de jogarmos o corpo do homem desacordado em uma das ultimas poltronas.

Peguei umas cordas pesadas para deixa-lo ainda mais imobilizado por precaução.

—  Ele deve ter comido um javali.—  Retruquei rindo.

Depois de deixamos ele totalmente preso caminhei para um sofá na esperança de conseguir dormir um pouco antes do interrogatório, depois da minha conversa com a Karla eu não consegui pregar os olhos, cada vez que eu insistia em fazer isso vizualizava o futuro pavoroso que eu teria caso toda essa historia fosse verdade.

Filhos deveriam ser sinonimo de alegria, deveriam ser fruto da relação de duas pessoas que se amam, se toda essa historia for verdade então o meu filho vai ter sido fruto do contrario do que deveria.

O Príncipe Monstro - Livro 2 da série: Família Fontenelle Onde histórias criam vida. Descubra agora