O Príncipe Monstro - Livro 2 da série: Família Fontenelle

Capítulo 60

Domenico Fontenelle (aviso importante no fim do capítulo)

Infelizmente a maioria das coisas que são boas acabam logo, e por conta dessa ridícula ordem do universo a minha viagem de lua de mel chegou ao fim.

Enzo já sabia a data da nossa volta já que foi ele quem agendou todo o nosso trajeto, e como tudo o que ele faz tem que ser um grande acontecimento é logico que organizou uma recepção de boas vindas entre a nossa familia deixando de fora até mesmo o Henrique, que é quase o Fontenelle honorário.

Eu particularmente acredito que ele esteja melhor com tudo o que acontece, já a minha esposa discorda fielmente abusando do recente cargo de melhor amiga que o meu primo lhe deu, e diz que tem certeza absoluta que as feridas dele são mais profundas do que se pode imaginar.

Eu entendia isso melhor que qualquer pessoa, mas de certa forma parece que a volta do Enzo resolveu e cicatrizou todas as minhas dores, quase como se nunca tivessem existido, e a vida com a minha Estrelinha é tão perfeita que eu quase não me lembro de como era sem ela.

Eu praticamente não me lembro da sensação de me sentir continuamente me afogando na dor e nos pensamentos e lembranças ruins de antes.

O Enzo deve estar sentindo que esta se afogando diariamente, a cada minuto de cada dia e acredita que isso vai durar para sempre, mas eu sou a prova viva de que vai passar.

Ele vai se adaptar e vai encontrar um motivo para continuar vivo.

Ao menos eu espero que sim.

Desci do carro fazendo questão de dissipar os meus pensamentos desse assunto e fui abrir a porta do carro para a Stella, que pode não admitir mas eu sei que estava doida de ansiedade para voltar para casa. Ela amou a ilha, adorou fazer essa primeira viagem internacional e com toda certeza amou todos os nossos momentos, mas ela estava com tanta saudade de casa que está muito satisfeita por estar de volta.

Eu por outro lado permaneceria na paz e sossego por mais algumas semanas.

Perdemos o aniversário de 3 anos do Rael, a sorte é que ele consegue ser bem compreensivo quando ganha um presente que custa quatro mil. Ao menos eu e a minha esposa estamos perdoados e o moleque agora tem um mini carro no qual pode sair praticamente puxando um racha por aí.

Ele é realmente dado a atividades radicais.

— Estou com tanta saudade deles.— Stella disse com um sorriso no rosto assim que entrelacei as nossas mãos bem em frente a casa do Marco.

— Eu sei Estrelinha, e eles estão malucos pra nos ver também.— Como se estivesse apenas esperando eu concluir a frase a porta foi aberta meio que automaticamente, dando tempo apenas de ver um mini automóvel vindo em alta velocidade na nossa direção.

— Saí da frente!— O projeto de terrorista gritou buzinando desesperadamente, mas se negando terminantemente a tirar o pé do acelerador.

Gazie Dio Stella tem os reflexos ótimos e conseguiu agir como eu e sair em um pulo rápido da frente do pequeno motorista.

— Feliz com o seu presente pavoroso agora? O garoto está muito mais rápido do que as minhas pernas. Espera aí Rael! — Ana acusou parecendo extremamente brava comigo enquanto sai correndo porta a fora

Não entendi o motivo, o moleque tá feliz, isso é o que basta, quem quiser que saia da frente antes de ser atropelado.

— Que bela recepção.—  Comentei prendendo o riso.

— Não reclame, a culpa foi toda sua.— Marco respondeu vindo até nós com uma expressão diferente no rosto, algo que eu denominados facilmente como preocupação ou pânico.