Sexo, verdade e a morte

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"Can you feel my love buzz?
Can you feel my love buzz?"

- Love buzz

- Olha Dean... O pai fez bi-fe acebolado pro jantar - Louis colocou a língua entre os dentes e sorriu ao enfatizar a sílaba como uma criança que descobriu um novo segredo.

- Aí Jesus... Não faz eu me arrepender de ter apoiado você - Dean dramatizou revirando os olhos, o que fez Louis finalmente rir de sua própria piada ruim.

Os dois se sentaram lado a lado como de costume, já que cada um tinha seu lugar marcado à mesa. Seus pais estenderam as mãos primeiro e todos fecharam os olhos para a tradicional oração de sempre.

Lucy estava adormecida no carrinho ao lado de Amélia, o silêncio na casa era mais raro do que nunca, mas também nunca havia sido tão sólido. Uma vez que ninguém queria acordar a bebê e ter trabalho até que ela dormisse de novo.

Contrariando esse desejo, alguém bateu na porta da frente com força, aumentando a frequência a seguir, inconvenientemente. A familia toda levou seus olhos até o carrinho e George levantou rápido para atender com raiva quem quer que fosse.

- Calma! Calma! - O homem pedia no volume que julgou o mais ideal, correndo até a porta na ponta dos pés.

Amélia pegou Lucy no colo ao ouvir o ranger da porta se abrindo, ninou sua filha sentindo o vento gelado entrar em sua cozinha, assim como três adolescentes estranhos ao lado de seu marido.

Zayn, Kathleen e Liam usavam as mesmas roupas do fliperama, o que fez com que Louis arqueasse as sobrancelhas. Além disso, sua presença inesperada fez Dean engasgar e quase cuspir seu suco.

- Quem são esses? - Amélia lançou o olhar para os filhos mais velhos, Dean começou a tossir e Louis abriu a boca algumas vezes, buscando palavras.

- Somos amigos do Louis e do Dean! Estavam com a gente no fliperama hoje - Explicou Zayn falando rápido e sem muito interesse, como se apresentar-se fosse sua última prioridade.

Um pouco perplexos, eles confirmaram assentindo, Caiden estava encantado com o cabelo azul de Zayn, o aceno tímido de Liam e os olhos de cores diferentes de Kathleen. E embora eles fossem adorar dar atenção ao menino, nenhum dos três tinha cabeça para isso agora.

- O que vocês querem? - O pai dos garotos questionou claramente irritado, cruzando os braços enquanto exigia explicações.

Kathleen se aproximou tensa e silenciosa, suas unhas coloridas não pareciam mais alegres, enquanto ela segurava seus dedos ao dar alguns passos inseguros pensando no que dizer.

- É o Harry - Avisou com sobrancelhas preocupadas, seus lábios trêmulos e esperança no fundo de suas púpilas que focavam em Louis, passavam uma mensagem - Jane voltou.

A frase estabeleceu dúvida e apreensão até nos que não conheciam Jane, pela maneira como seu nome foi proferido. Lucy resmungou no colo da mãe, preenchendo o ambiente com uma inocência que parecia piorar a tensão do cômodo.

A expressão de Louis se desfez, se tornou quase impassível, se não fosse pela agônia que parecia rasgar as maças de seu rosto, em um detalhe que seria imperceptível se não estivessem todos olhando para ele.

- Quem é Jane? - George perguntou.

- A mãe do Harry - Amélia presumiu, um silêncio profundo quando ela apertou a pequena Lucy em seus braços, ela podia sentir, podia entender.

I can't look up to the sky ☆ (l.s.)Onde histórias criam vida. Descubra agora