Prólogo - Eu não posso olhar pro céu

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Dizem que quando o seu coração para de bater o seu cérebro fica consciente por cerca de apenas trinta segundos, mas eu conheci alguém cujo coração já não batia mais há anos, e ele permanecia consciente.

Ele atribuiu a seu corpo cicatrizes que não o pertenciam, deixou que sua alma escorresse por entre seus dedos para que por um fio ainda pudesse agarrar a vida, debruçou-se diante de sua fragilidade apenas para se refazer em frente a mesma calçada que o despedaçava

Haviam cores pintadas por todas as paredes, elas não tornavam o quarto menos apertado, apenas escondiam todas as palavras que nunca foram escritas.

Ele não sabia de onde vinham todas as gotas de chuva que caíam do céu, e mesmo assim tentava tocar cada uma delas, pedia a Deus que elas escorressem por seu corpo e lavassem seus ossos pesados, para que com eles, ele pudesse se levantar mais um dia.

Eu me tornei quem eu sou quando descobri o quanto pode ser difícil entender alguém que não olha mais para o céu, quando se vive para admirar as estrelas.

Havia beleza na minha tentativa inocente de resolver tudo aquilo...

Quando eu dizia "abra seus olhos e veja as nuvens te guiarem a um lugar mais calmo, feche-os e sinta o vento esvair de sua alma a escuridão que carregou pelas mãos de outro alguém, e tudo ficará bem", quando eu não sabia a verdade, o dia antes do dia um.

Porque se o amor da sua vida te dá um soco na cara, não doí mais do que a certeza de que você mereceu.

Porque se o amor da sua vida te dá um soco na cara, não doí mais do que a certeza de que você mereceu

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I can't look up to the sky ☆ (l.s.)Onde histórias criam vida. Descubra agora