Sentimentos contraditórios

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— Steve, eu...— Charlie ia abrir o seu coração, quando foi interrompido pelos médicos saindo às pressas com uma mulher na maca.

— Se afastem..— Disse o doutor, o médico que estava cuidando de Karen.

A mulher, era a mãe de Charlie.

— O que está acontecendo? — Indagou Charlie.

— A situação dela se agravou, Charlie. Nós temos que reanimá-la.

— O quê? — Questionou Charlie, sentindo a primeira lágrima escorrer, com espontaneidade.— A minha mãe..

Eles saíram dali às pressas, e a levaram pra uma sala.

Charlie tentou entrar, mas foi barrado por uma das enfermeiras.

— Desculpa, não pode entrar, senhor.— Disse ela.

— Eu não acredito..— Disse Charlie, chorando.— Mãe..

Steve se aproximou de Charlie e o envolveu em seus braços, sem dizer nada. Afinal de contas, não havia nada que ele pudesse dizer pra acalmar Charlie naquele momento.

Ver Charlie naquele estado, partiu o coração de Steve.

— Eu cansei, eu cansei dessa vida. — Disse Charlie, com seriedade.— Talvez morrer seja melhor!

— Não, não diga isso, Charlie.— Disse Steve, segurando as partes laterais do rosto de Charlie, enquanto olhava pra bem no fundo de seus olhos.— Você não pode morrer, Charlie.

— Steve, eu..

— Não, eu não vou deixar! — Disse Steve, voltando a envolver ele em um abraço forte.— Fica calmo, a sua mãe vai ficar bem. Vai dar tudo certo.

[...]

Mariela estava em seu quarto, acabava de sair de um banho, quando a sua mãe bateu na porta.

Toc Toc Toc...

— Espera..— Disse Mariela, se certificando de que a toalha estava bem firme e enrolado.— Quem é?

— Sou eu, filha.— Disse dona Marla.

— Ah.. é você, mãe. Pode entrar! — Disse Mariela.

Dona Marla entrou naquele quarto com uma cara não muito boa.

— O que foi, mãe? — Indagou Mariela.— Que cara é essa?

— Filha, vem cá.— Disse a mãe, se sentando na cama.

Em seguida, Mariela fez o mesmo, se sentou ao seu lado.

— Nossa, mãe.. eu já estou ficando assustada. Eu fiz algo, foi isso!? 

— Filha, o que me traz até aqui não é nada bom. Mas você não tem nada a ver com isso.

— Fala, mãe. Eu já estou ficando preocupada.

— Filha, o seu pai está metido numa grande dívida! — Disse Marla.— As coisas vão ter que mudar aqui em casa.

— Dívida? De que dívida a senhora está falando, mãe?

Dona Marla começou a chorar.

— Hey, a senhora está chorando, mãe? Calma...— Disse a filha, segurando na sua mão e logo em seguida, dando um abraço.— Calma, mãe..

— O vício do Antônio, quase colocou a gente na rua!

— O quê? — Indagou Mariela.— Não, eu não acredito que...

— Sim, filha, o seu pai voltou a jogar. Ele apostou uma quantia equivalente ao valor da nossa casa.

— O quê? — Indagou Mariela, se levantando de sua cama, totalmente incrédula.

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