Diga que não quer...

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Depois daquele beijo, Mariela olhou para ele por uns instantes, até dar um tapa nele.

— Babaca, o que você está pensando?

— Nossa, até nisso você é boa.— Disse ele, tacando outro beijo nela.

Mariela olhou pra ele, incrédula. E depois, deu outro tapa em seu rosto e balançou a cabeça negativamente.

— Você não aprende?

— Eu consigo tudo o que quero! — Disse Walter, dando outro beijo em Mariela.

E desta vez, Mariela tentou se afastar, mas ele fez força e as suas já tinham ido embora. Naquele momento, Mariela se entregou àquele beijo, e foi aí que ele se afastou dela.

— Eu não disse? Eu consigo tudo o que eu quero!

Os seus rostos estavam a centímetros de distância, podendo, ainda, sentir a respiração ofegante de Mariela.

— Você está nervosa?

— E por quê que eu estaria nervosa?

— Porque os nossos pais estão lá embaixo e nós estamos a centímetros da sua cama, isso é perigoso.

— Quem disse? Quem você acha que eu sou?

— Uma linda dama, perfeita!

— Escuta aqui, senhor Dumont. Eu não sei o que você está pensando, mas eu não sou esse tipo de garota.

— Que tipo? Eu não falei nada, você é quem está tirando as suas próprias conclusões. Agora me diz, você não está cansada coisa nenhuma, né? Só estava com medo de não aguentar comigo bem à sua frente.

Mariela soltou uma gargalhada debochada.

— Escuta aqui, quem você acha que é? E outra, como chegou até aqui?

— Bom, digamos que a sua mãe vai pensar que eu estou perdido, ou que tenho uma diarreia, no mínimo.

Foi inevitável, Mariela soltou uma gargalhada espontânea. Mas logo que percebeu, fechou a cara.

— Hum, então quer dizer que além de tudo é mentiroso.

— Fiz isso pra poder te ver, eu tenho que garantir o bem estar da minha futura esposa. Afinal de contas, você será a mãe dos meus filhos.

Mariela soltou uma gargalhada e bateu as palmas uma vez.

— E quem disse que eu serei a sua esposa? Você se acha muito, né? Deve ser porque é um riquinho, filhinho do papai. Mas escuta aqui, isso nunca vai acontecer.

— Porque você não quer, Mariela? — Indagou ele.

Mariela olhou pra ele, que não piscava nem uma vez.

— Vai embora.

— Diga que não quer, Mariela. Eu quero ouvir da sua boca. Você não sentiu nada quando a gente se beijou? Não quer ser minha esposa?

— É impressão minha ou você está me pedindo em casamento? E outra, a gente não se beijou, foi você quem me pegou de surpresa, desprevenida!

Walter abriu um sorriso debochado.

— Não é o que a sua boca dizia quando eu passava os meus braços por sua cintura. Ou quando segurava o meu ombro e se entregava a mim.

— Olha aqui, eu não estou me sentindo bem, então, se me faz o favor de ir embora e parar de bancar o poeta, eu ficaria muito grata.

— Eu sei que você não está se sentindo mal coisa nenhuma, por quê insiste nessa mentira? — Questionou ele.— Será que tem tanto medo assim, de mim?

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