Eu não vou

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— Entra aí, Charlie.— Disse Steve.— É perigoso que você ande sozinho numa hora dessas na rua.

— Ah, por favor...— Disse Charlie.— Eu sei me defender.

Steve desligou o carro e desceu.

Charlie cruzou os braços, enquanto mantinha o seu olhar sério.

— Eu já disse pra entrar, Charlie.— Disse Steve, olhando pra ele com seriedade.

Charlie abriu um sorriso debochado.

— Hii, e desde quando você manda em mim? — Questionou Charlie.— Vê se entende, que...

Steve colocou a mão direita, tapando a boca de Charlie.

E aproximou os seus rostos.

Naquele instante, Charlie ficou estático.

Os seus olhares se cruzaram, e nenhum deles conseguia tirar o olhar um do outro.

Quando Steve percebeu que Charlie já estava mais manso, tirou a mão lentamente de sua boca, enquanto os seus rostos só estavam a alguns centímetros de distância.

— Você gosta de brincar, Charlie.

— E quem disse que isso é um jogo?

— Entra no carro!

— O que você quer de mim? — Questionou Charlie.

— O que você acha que eu vou fazer com você, Charlie?

— Não sei, e ninguém melhor que você pra me dizer.— Respondeu o mais novo, intercalando entre olhar para cada um dos olhos.

Steve levantou a sua mão, e fez carinho na parte direita do rosto de Charlie, enquanto os dois não tiravam o olhar um do outro.

— Como pode? — Questionou Steve.

— O quê?

— Que exista alguém assim, tão...— Steve não tinha palavras.— Tão selvagem, e ao mesmo tempo, tão doce.

Charlie quase se entregava ao encanto daquela carícia, quando caiu em si e se afastou de Steve.

— Fica longe, tá bom? — Indagou ele, saindo de perto de Steve e dando uns passos, não esperando por aquilo que viria a acontecer. Steve segurou no seu pulso.

— Do que você tem medo, Charlie? — Questionou Steve, virando Charlie e aproximando os seus rostos sem permissão.

— Eu.. eu n..não sei do que você está falando. Eu não tenho medo de nada.— Disse Charlie, gaguejando e ficando visivelmente nervoso.— Eu só quero ir embora.

— Pois bem, entra no carro. Eu não vou deixar que você corra perigo nessa noite.— Respondeu ele.— Você está nervoso, Charlie?

— Eu não estou nervoso, e eu não vou entrar nesse carro, Steve. Quer saber, não é da sua conta se eu corro risco ou não.

— É, tem razão, mas isso não deixa de me preocupar. E ah, o meu nome fica lindo, na sua boca.

— E por quê te preocupa tanto? — Questionou Charlie, franzindo o cenho.

— Não sei, sabe que não sei..— Respondeu Steve, sorrindo ironicamente.— Entra no carro, Charlie.

— Eu já não disse que..

— Eu não estou perguntando, Charlie. Entra no carro.

Charlie soltou uma gargalhada debochada.

— E quem você pensa que é, pra mandar em mim? Mas nem que fosse o filho de Putin.— Disse Charlie.

Ele Me Deixa Louco Onde histórias criam vida. Descubra agora