— O que você está fazendo aqui, tio?— Charlie, você...
— Sai..— Gritou Charlie, deduzindo que o tio o viu sem roupas.— Ah, meu Deus..
— Charlie, me desculpa, você estava gritando e eu só quis ajudar.— Disse Bob.— Está tudo bem?
Charlie percebeu que os seus olhos estavam molhados e os limpou.
— Por favor, sai daqui, eu não estou bem, tá bom?
— Charlie, o que aconteceu? O que está acontecendo?
— Eu disse pra sair, por favor.— Disse Charlie, voltando a limpar as lágrimas que começaram a escorrer novamente.
Uma angústia, uma grande angústia se fazia presente em Charlie. Um grande nó na garganta o impedia de conter o pranto. Charlie sabia que não estava bem, só não entendia o porquê!
— Tudo bem, Charlie, eu vou sair.
Bob deu uma última vista de olhos em Charlie e, em seguida, deu de ombros e caminhou em direção à porta.
— Qualquer coisa, eu estou aqui, Charlie.— Proferiu Bob, com a porta semi-aberta.
Charlie não gostou do jeito que falou com Bob, mas isso não foi o que mais o deixou naquele estado.
Aqueles sonhos o atormentavam a cada noite. E aquilo se refletia durante o dia.
Charlie precisava de ajuda e nem sabia, coitado.
[...]
Amanheceu em Seattleville, e Steve passou a noite em claro.
Foi difícil, descer da cama sabendo que estava mal com Charlie.
O seu coração estava estraçalhado, e se quebrava a cada momento, quando ele pensava que ele era a causa da briga com Charlie.
Não sossegava, precisava falar com Charlie, saber como ele estava, explicar mais uma vez que ele não tinha culpa. E foi aí que ele tomou uma decisão:
— Eu vou ver ele! — Disse Steve, pegando na chave e saindo às pressas.
Quando ele abriu a porta, deu de cara com Charlie, que estava ali, quase tocando a campainha.
— Charlie?
Charlie olhou pra ele e não falou nada.
— Eu ia pra sua casa agora mesmo. Charlie, eu...— Charlie o interrompeu com um abraço.
Nada disse, apenas se jogou nos braços de Steve.
— Esse é o único lugar em que eu me sinto! — Disse Charlie, espremendo lágrimas e exprimindo o que sentia naquele momento.
— Charlie, você tem que me ouvir, eu te amo. Sim, eu fiquei com a Alana, mas eu te amo. Charlie, eu estava bêbado. Eu nunca.
— Calma, Steve, eu já sei.— Disse Charlie, ainda em meio ao abraço.— Eu ouvi tudo o que você disse, só precisava de um tempo pra digerir isso. Está tudo bem!
Eles se separaram do abraço e Steve olhou para Charlie.
Depois, fez uma carícia em seu rosto.
— Eu te amo, Charlie. Eu não quero estar brigado com você, nunca.
— Não se preocupa, eu entendi tudo. Aquela oferecida da Alana se aproveitou daquele mal entendido pra embebedar você e transar. Eu me lembrei que eu vim aqui pra me desculpar com você e ela estava aqui, e parecia muito sóbria. Enfim, eu juntei os pontos e entendi tudo.— Disse Charlie, forçando um sorriso.
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Ele Me Deixa Louco
RomanceEssa é a história de amor entre um homem rico e um jovem de classe média. Quando o amor ultrapassa os limites!