Encarcerado

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— Como assim preso? — Indagou Charlie.— Isso é alguma brincadeira, né?

— Não.— Respondeu Lucas, olhando pra Charlie com um olhar sério que Charlie não conseguiu decifrar. Depois ele disse: — Não, o Charlie não fez nada disso, ele seria incapaz! Não é, Charlie?

— Claro que não, isso deve ser engano. O Charlie, matar alguém? Isso é um equívoco, eu vou processar vocês.— Disse Steve.

— Por favor, queira nos acompanhar de forma pacífica, senhor.— Disse o policial.

— Não, eu não vou a lugar nenhum, eu não fiz nada, eu sou inocente! — Disse Charlie.

— Espera, meu filho. Cadê o mandado? Eu quero ver o mandado de prisão.— Disse Karen.

— Não, não prendam ele.— Disse a senhora, chorando.— Ele não fez nada.

Karen olhou pra ela a achou estranha, aquela reacção, mas não estava nem um pouco preocupada com isso. Agora, o mais importante era esclarecer esse mal entendido.

— Aqui está o mandado de prisão, senhora. Espero que não ofereçam resistência!

Karen olhou para o seu filho, que olhou pra ela, na esperança de que aquilo fosse um grande engano.

— Filho, eles têm um mandado! — Disse Karen.

— Não, não pode ser, eu não fiz nada. Meu Deus, eu não matei, eu nunca mataria ninguém! — Disse Charlie, chorando.

Aquilo já era demais pra Charlie.

— Meu Deus, eu não fiz nada.

— Não, eu não vou deixar que vocês levem o Charlie! — Disse Steve, se aproximando de Charlie.— Se quiserem prender ele, terão que passar por mim.

— Não, Steve..— Disse Charlie, limpando as lágrimas e olhando Steve, depois estendendo as mãos.

— Não será necessário, senhor.— Disse o outro policial, quando viu Charlie estendendo as mãos pra ser algemado.

— Ok, então vamos...— Disse Charlie.

E foi assim que Charlie foi parar na cadeia, sozinho e no momento mais frágil de sua vida.

— Mas..  Charlie?

— Não fala comigo, Steve.— Disse Charlie.— Vai, a Alana precisa mais você do que você de mim!

Steve ficou parado ali, enquanto Charlie era levado. Karen acompanhava tudo e Lucas foi embora.

Aquela senhora também foi embora.

Steve se ajoelhou no chão e soltou um suspiro.

— O quê? — Indagou ele, parando pra pensar e não conseguindo encontrar um motivo pra nada daquilo.

[...]

Depois de passar a noite numa gruta, se drogando, Cíntia despertou e percebeu que já era dia.

Os seus olhos estavam inchados, e o cabelo estava desorganizado.

— Onde eu estou? — Se perguntou ela, olhando para os lados.

Depois de uma leve tontura, Cíntia se levantou e começou a caminhar.

Foi quando o seu celular começou a vibrar, seguindo-se o toque.

— Quem será? — Indagou.— Alô..

— Alô, meu amor?

— Sandro?

— Onde é que você está?

— Eu.. eu não sei bem, eu estou..

— Ok, manda a localização no aplicativo.— Disse Sandro.— Tá bom? Eu vou te buscar.

Ele Me Deixa Louco Onde histórias criam vida. Descubra agora