A operação

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— Que bom, agora está tudo bem.— Disse Karen.

— Ai, mãe..— Disse Cíntia, abraçando a sua mãe, enquanto chorava.

— Já passou, filha.— Disse Karen, se lembrando.

Na operação:

— Estão todos apostos.— Disse o delegado.— Vamos!

Aí, o delegado e os agentes policiais cercaram o galpão. Karen e Cíntia estavam num dos carros posicionados do lado de fora, a uma distância segura.

— Filha, se você quiser ir embora? A gente pode ir.

— Não, mãe, eu estou bem! — Respondeu ela, segura de si.

— Ok.

No mesmo instante, o seu celular começou a tocar.

Cíntia o segurou com as mãos trêmulas, levemente, enquanto tentava se manter forte. 

— Alô..

— Meu amor, onde você está? Vocês já estão aí?

— Sim, eles acabam de entrar no galpão.— Respondeu ela, um pouco nervosa.

— Ok, vocês estão num lugar seguro?

— Sim, a gente está a uma boa distância, fica calmo. Sandro, se a gente conseguir, muitos jovens vão poder se livrar do vício de drogas.

— Isso, eu estou muito orgulhoso de você, meu anjo. Só não aceito o facto de o delegado não ter aceite a minha presença.

— Nós não podemos chamar a atenção deles, Sandro.— Disse Cíntia.— É melhor assim.

— É, mas é perigoso pra você, Cíntia. Você não entende, eu não posso e nem quero perder você.

Ouvindo aquilo, o coração de Cíntia se  aqueceu e ela abriu um sorriso terno.

— Eu estou com a mamãe, vai ficar tudo bem, Sandro. Para de se preocupar!

— Eu estou vindo, Cíntia.

— Não, é claro que não..— Disse ela, arregalando os olhos.— Você está louco? Quer morrer?

— Eu estou falando sério, Cíntia.

— Eu sei, Sandro, e por isso eu te peço, não, eu te suplico, não vem! — Disse Cíntia, franzindo o cenho.— Por favor.

Ele ficou em silêncio por um tempo.

— Sandro?

— Ok, eu fico. Mas eu quero saber de tudo o que está acontecendo. E se for necessário, eu mando uma escolta armada pra você.

— Acho que não será necessário, amor. A gente vai ficar bem, a polícia está aqui.

— Tudo bem, acho que você tem razão.

— Eu tenho, relaxa! — Disse ela, se sentindo mais calma.

[...]

— Calma, aqui tem pó pra todo mundo.— Disse um dos revendedores.

— Eu ainda acho que a gente deveria ir embora, Inácio.

— Cala a boca, Luca. Você não disse que queria ajudar os seus pais? Não disse? — Questionou Inácio.— Escuta aqui, agora já não tem volta, quando você entra, só sai morto. Além do mais, isso se tornou uma questão de vida ou morte pra mim. Eu vou provar para o meu pai que não preciso dele. Ele vai se arrepender do que disse!

— Eu não quero mais fazer isso, Inácio. Eu já disse e volto a dizer, essa é a última vez que eu faço isso.— Disse Luiz Carlos.— Depois disso, eu saio desse negócio.

Ele Me Deixa Louco Onde histórias criam vida. Descubra agora