Ele Me Deixa Louco

Eu não esperava...

Quando Steve se virou, Charlie não hesitou em dar um beijo nele. Steve arregalou os olhos.

— Charlie...

— Você não pode ir embora, Steve. Porque eu também te amo! — Disse Charlie, lembrando da declaração de amor que Steve fizera. Mas depois percebeu algo.— Você está bêbado, Steve?

Steve se afastou lentamente de Charlie, e deu um soco não muito forte em seu rosto.

— Charlie...— Disse Bob, se aproximando dele.— Você está bem?

— Eu...

Bob olhou pra Steve, cerrando os punhos. Depois deu um soco em seu rosto também.

— Chega, parem com isso.— Disse Charlie, segurando Bob.

Steve se equilibrou, depois abriu um sorriso debochado e olhou pra Charlie.

— Então é isso, Charlie. É por ele que você me rejeitou, né? — Disse Steve.

— Do que você está falando, Steve? Ele é...

— Seu namorado? Eu já percebi, Charlie. Me esquece! — Disse Steve.— Vocês se merecem...

— Escuta aqui...— Disse Bob, sendo interrompido.

— Eu não estou falando com você, oh.. calhorda.

— Olha..

— Steve, você está bêbado. Você tem que...— Charlie se aproximou dele e já queria ajudar.

— Me solta, Charlie..— Disse o homem, se largando de Charlie.— Fica longe de mim.

— Quer saber? Sim, você tem razão, ele é o meu namorado e eu não sinto nada por você, Steve. Pode ir embora, vai, vai embora e não volta nunca mais!

Depois daquilo, Charlie deu de ombros e começou a caminhar a passos largos.

Bob olhou com deboche pra Steve, depois deu de ombros e seguiu Charlie.

Steve começou a se sentir enjoado e correu para o banheiro mais próximo.

Depois de um tempo vomitando, Steve pegou no vaso sanitário e disse:

— Meu Deus, o quê que eu fiz?

Steve não podia acreditar que dera um soco em Charlie, mas já era tarde. O erro já estava cometido.

Steve não tinha dúvidas do que sentia por Charlie, mas vendo aquela carícia de Bob, ele ficou com muita raiva e acabou fazendo a última coisa que ele queria fazer, machucar Charlie.

Mesmo não estando em si, Steve queria descarregar a frustração de ter sido rejeitado por Charlie.

Foi aí que ele decidiu se embriagar e abandonar Seattleville, pra ver se conseguia esquecer do ocorrido no hospital.

Mas o seu caminho sempre se cruzava com o de Charlie.

[...]

— Eu fiquei sabendo do ocorrido, Lucas. Meus pêsames.

— Obrigado, delegado.— Disse Lucas, esboçando seriedade em seu rosto.

— Eu mandei te chamar pra dizer que qualquer coisa que precisar, eu estarei aqui. Sabe que é como um filho pra mim!

Lucas estava tão abatido, que nem respondeu.

— Você pode tirar umas férias, você merece. É um dos melhores agentes que eu já vi e agora, você pode contar com essa corporação.

— Obrigado.— Disse Lucas, se levantando.

— Nós vamos nos encarregar de investigar esse caso com muito afinco. Pode deixar, nós acharemos o ou a culpada por esse crime e o mesmo será detido!