Ele Me Deixa Louco

Charlie?

— Charlie?

— Sim, o meu nome é Charlie, senhor.— Disse Charlie, abrindo um sorriso.— Vamos, eu te ajudo.

Steve se aproximou, e juntos, eles dirigiram o pai de Alana à cadeira.

Ele se sentou e bebeu um gole do copo de água.

— Muito obrigado, meu rapaz.

— Fica longe do meu pai, imbecil.— Disse Alana, se aproximando de seu pai e empurrando Charlie.— Você está bem, Pai?

— Filha..

— Olha, eu agradecia muito que você.. na verdade, eu exijo que você me respeite! — Disse Charlie.

— Você está na minha casa. E aqui, eu faço o que eu quiser. Além do mais, você é um...

— Alana..— Chamou o seu pai, a repreendendo.— o que você está dizendo, filha?

— Escuta aqui, nem que a gente estivesse nos seus sonhos, você não tem o direito de tratar ninguém assim. O quê que eu fiz de errado?

— Você entrou em nossas vidas! — Respondeu Alana.

Eles se encararam, enquanto o clima já começava a pesar.

[...]

Depois de jantar e de fazer amor, Karen e Kevin estavam na cama do mesmo.

— Eu te amo, sabia?

— É, eu sabia.— Respondeu ele.

Ela deu um soco leve em seu ombro.

— O que foi? — Indagou ele, soltando uma gargalhada terna.

— Seu bobo.

— Bobo por você, meu anjo.— Respondeu ele, dando um beijo em sua testa.

Karen colocou a cabeça em seu peito, fazendo carícias em seu corpo.

— Ah, eu poderia ficar assim, pra sempre! — Disse a mulher, totalmente entregue à paixão.

O seu corpo ardia, consequência do que ocorrera há minutos atrás.

— Eu já sou teu, meu amor. Você é, e sempre será o meu amor, senhora Portella.

— Nossa, é tão bom ver que está ficando tudo bem. Minha filha voltou, e se arrependeu dos erros que cometeu. Ainda ajudou outros jovens. E eu vejo, posso sentir o quanto Charlie está feliz. Eu ainda não sei quem é esse rapaz, mas eu sinto que ele está fazendo bem ao meu filho. Sabe, o Charlie merece ser feliz.

— É, e eu acho que até já conheço ele. Steve?

— Sim, ele.

— Eu lembro bem desse rapaz, sempre cuidando do Charlie no hospital, quando você e a Cíntia estavam internadas. E também lembro do Charlie, todo preocupado com ele, quando ele foi ferido. Dá pra ver que eles são muito unidos.

— Está vendo só? O Charlie já passou por muita coisa, sozinho.— Disse Karen.— Como mãe, isso me dói, me dói muito.

— Bom, eu acho que o Charlie é forte. E também acho, que agora você não deve guardar mais espaço para a dor. Vocês estão bem, felizes e com saúde. O que mais falta?

— É, você tem razão, meu amor. E além de tudo, agora eu tenho você.— Disse Karen, segurando em sua mão e dando um beijo.— Obrigada. Sinceramente, eu não esperava...

— O quê?

— Que você se propusesse a ir com a gente à Cuba. Muito obrigada, meu amor.

— Não precisa agradecer, doutora. Já era hora mesmo de tirar umas férias. Só que agora, eu vou fazer isso ao seu lado, como minha namorada.