Isso é mentira

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— Você não pode me matar, Rodrigo, porque eu estou esperando um filho seu.

Rodrigo olhou para ela e ficou sério, depois, pouco a pouco a sua expressão facial foi mudando e ele soltou fortes gargalhadas debochadas.

— Olha só o que as pessoas são capazes de inventar quando estão em perigo. 

— Isso não é mentira, Rodrigo. Você lembra? Lembra de quando a gente transou? Responde uma coisa, você usou camisinha?

— Você sempre se cuidou, você..

— Eu estava no meu período fértil. E veio bem a calhar, era conveniente.

— Espera aí..— Ele abaixou a arma.— Você está querendo me dizer que.. você está grávida, Alana, esperando um filho meu? Que você está usando o meu filho pra prender o estúpido do Steve.

Alana soltou um suspiro e olhou para o lado.

— Isso não pode ser verdade, só está falando porque está com medo. Mas essa história morre aqui!

Ele voltou a apontar a arma em sua direção.

— Você pode me matar, Rodrigo, mas a culpa pela minha, e pela morte desse bebê, vai cair sobre as suas costas. Você nunca ficará em paz, sabendo que foi responsável pela morte de um filho seu, além de que isso, só agravaria mais a sua situação, que aliás, já não está muito boa!

— Eu acho que quem não está em condições de fazer deboche aqui, é você.— Disse.— Mas escuta bem, Alana.

Rodrigo se aproximou dela e puxou seus cabelos com força, apontando a arma em sua cabeça novamente.

— Você sabe que é minha..— Deu um beijo nela.— Eu te dou um mês pra desfazer essa mentira.

— Eu só preciso me casar com o Steve, só isso.

— E é exactamente isso que eu não quero. E se eu puder evitar, eu o farei.

— Cala a sua boca, Rodrigo. Você não pode vir aqui e simplesmente estragar tudo aquilo que eu conquistei. O Steve finalmente está nas minhas mãos, então, fica longe.

Rodrigo voltou a beijar ela.

Depois do beijo, Alana esboçava uma face que denunciava nojo.

— O que foi, já não gosta?

Ela respirava ofegante.

— Tira essa arma da minha cabeça, Rodrigo. Antes que cometa um erro!

Rodrigo tirou a arma.

— Onde você arranjou isso?

— Eu vou embora, princesa.— Falou Rodrigo, fazendo carinho na barriga dela.— Eu vou, mas eu volto. E é melhor que já tenha contado a verdade!

Alana olhou para o lado e tirou a mão dele daquele local.

— Você vai calar a sua boca, Rodrigo. E se não for por mim, faça por essa criança. Ou o quê? Você vai querer que o Steve Júnior nasça com a fama de “filho de criminoso”?

— Steve Júnior? Você está louca, Alana? Não, nunca! O meu filho não vai carregar o nome daquele imbecil. E é bom que você não cometa essa loucura, você sabe muito bem do que eu sou capaz!       

Depois de dizer aquilo, Rodrigo deu mais um beijo nela que, ao que parece, estava quase correspondendo.

Daí, ele foi até a janela e pulou.

No mesmo instante, Alana foi lá e fechou todas as janelas.

— Imbecil!               

[...]

Ele Me Deixa Louco Onde histórias criam vida. Descubra agora