Só se complica

28 3 2
                                    


Naquela noite, Steve não foi pra casa.

Mariela insistiu muito, mas ele simplesmente não cedeu.

— Você também sofreu o acidente, Steve. Cara, você tem que descansar também.

— Eu já disse que eu não vou a lugar nenhum, eu quero ficar aqui. Eu não sei a que horas ele vai acordar, mas eu quero estar aqui.

— Mesmo que ele acorde, Steve, eles não vão deixar ninguém ver o Charlie.— Disse Mariela.— Vai pra casa, eu fico aqui.

— Eu tenho uma ideia. Vai pra casa, eu fico aqui. Qualquer coisa eu te dou notícias.

— Steve..

— Por favor, Mariela. Não tem nada que você possa fazer ou dizer pra me fazer mudar de ideia, eu vou ficar. Você tem que entender, eu não vou embora.

Mariela olhou pra ele e abriu um sorriso leve.

— Você tem certeza, tem certeza disso, Steve?

Ele balançou a cabeça positivamente.

— Sim, eu tenho! — Respondeu.— Vai, eu te mantenho informada.

— É, já está tarde, Mariela.— Disse Walter.— Amanhã você vem, a gente vem!

Mariela olhou pra ele e abriu um leve sorriso. Logo fechou o mesmo, tentando disfarçar.

— Tudo bem, então eu vou. Mas eu volto amanhã, bem cedo. E também vou ver se consigo contactar a Karen ou a Cíntia..

— É, faz isso! Elas precisam saber de tudo o que está acontecendo com o Charlie. Elas precisam estar aqui quando ele acordar.

— Bom, pelo menos agora, a gente sabe que ele não corre mais risco de vida.

— Vamos..— Disse Walter, segurando Mariela de lado.

— Vamos. Eu já te dei o meu número, Steve. Qualquer coisa liga, que eu saio correndo na mesma hora.

— Tudo bem, eu te mantenho informada.

Mariela e Walter saíram daquele corredor e em seguida, hospital.   

Steve foi pegar mais um copinho de café.

Depois, Steve providenciou um quarto para que ele pudesse passar a noite no hospital.      

E mesmo não conseguindo pregar o olho, Steve ficou ali até o dia seguinte.

Depois, apesar de não ter pregado o olho, Steve acordou de seu leve sono e foi à procura de notícias.

Os médicos diziam que não tinha mais nada a se fazer, que dali em diante, era só deixar que o corpo de Charlie pudesse emitir algum sinal de melhora.

Steve logo pensou em tirar Charlie dali para um outro hospital, uma clínica, mas o seu estado clínico era muito crítico e poderia vir a pior caso se efetivasse essa migração.

Então, Steve voltou para a sua casa, afinal de contas, não havia muito que se fazer. Mas ele tinha uma ideia — que ninguém podia tirar da cabeça dele — ele voltaria o mais rápido possível.

[...]

Do outro lado, Bob acabava de chegar à sua casa, depois de fugir de Seattleville, pegando voo de imediato.

Chegando lá, ele arrumou roupas e uma grande soma de dinheiro em sua mala. Estava tudo controlado, até ele perceber que estava totalmente cercado.

— Droga! — Murmurou o homem, percebendo que estava praticamente encurralado.— Que droga!

Ele Me Deixa Louco Onde histórias criam vida. Descubra agora