Assassino

24 2 0
                                    


— Charlie? — Indagou Lucas, muito preocupado.

Charlie começou a chorar e eles se abraçaram.     

— Calma, já passou, calma.— Disse o homem, fazendo carinho no cabelo de Charlie.

Charlie percebeu que eles estavam se abraçando e se afastou dele, limpando as lágrimas e tentando fingir que aquilo não o tinha atingido.      

— Nossa, que cena fofa, é tão comovente! — Disse o homem.

Rapidamente, Lucas se afastou de Charlie e se aproximou do companheiro de cela cruel de Charlie, o pegando pelas camisas.

— Eu não te disse pra ficar longe de Charlie, Falcão? — Indagou Lucas, dando um soco na barriga dele.— Eu não te falei?

— Não vale a pena, Lucas.— Disse Charlie, olhando para a cena.— Deixa ele.

Falcão estava sangrando pela boca.

Lucas o pegou pelo cabelo.

— Ah...— Gemeu o homem, quando sentiu os seus cabelos quase sendo arrancados à força.

— Eu não te avisei, seu verme?

— Afinal de contas, quem é esse cara? É algum irmão seu, ou amigo, ou...? Vocês dois...

Lucas olhou pra Charlie, e depois voltou o seu olhar para o detento, companheiro de cela de Charlie.

— Isso não é da sua conta! — Respondeu Lucas.

Depois, Lucas pegou na cadeira de rodas e a aproximou de Charlie. Em seguida, carregou Charlie e o ajudou a ficar confortável sob a cadeira.

— Obrigado! — Disse Charlie.

Por um lado, Charlie estava muito desconfiado de todas as cenas que Lucas estava fazendo. Afinal de contas, Charlie e Lucas não eram conhecidos e nem nada.

— Por quê você me defende tanto? — Indagou Charlie.

Lucas soltou um suspiro.

— Você sabe, Charlie.— Respondeu Lucas, olhando para os seus olhos. Naquele momento, Charlie ficou um pouco encabulado e desviou o seu olhar para o outro lado.

Percebendo, Lucas abriu um certo sorriso.

— O seu julgamento é hoje, Charlie.

— O quê, como assim? Eu acabei de ser preso, não faz sentido algum.

— São as leis de Seattleville. Crimes de homicídio, assassinatos e outros, são de extrema rapidez na sentença!

Charlie olhou para o lado, e depois colocou a mão no rosto.

— Meu Deus, por quê isso está acontecendo comigo? Eu não matei ninguém.

— Não? — Indagou Lucas, num tom muito frio. Charlie se virou e olhou pra ele.

— Nossa, por quê você está falando assim?

— Assim como? — Indagou Lucas, ainda olhando pra Charlie com frieza.

— Como se estivesse com raiva, como se...— Charlie é interrompido.

— Raiva? — Indagou Lucas, forçando um sorriso, seguido de uma gargalhada.— Não, eu não estou com raiva. Eu sei que a justiça tarda, mas ela não falha. Os assassinos devem apodrecer na cadeia, na verdade, eles merecem até pior que isso. Bom, felizmente você não é um assassino, né, Charlie?

Lucas se aproximou lentamente de Charlie, se agachando enquanto os seus olhos permaneciam presos uns aos outros.

— É, eu sou inocente! — Disse Charlie, abaixando a cabeça.— Eu não sei como eu vim parar aqui por algo que eu não fiz. Eu estava lá, na minha casa, quando eles chegaram e tiraram a única coisa que ainda tinha de bom para mim, a minha família! — Disse Charlie.

Ele Me Deixa Louco Onde histórias criam vida. Descubra agora