Sério?

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— O Charlie estava desesperado, quando você foi alvejado. Steve, eu acho, quer dizer, eu tenho a certeza absoluta, esse cara ama você!

Steve abriu um sorriso.

Depois, pegou na carta e entregou nas mãos do amigo.

— O quê que é isso?

Enquanto lia, um sorriso terno se fazia sentir em seu rosto.

— Agora entendo o porquê do sorriso que vi ao entrar.— Disse Rony.— Steve, o que você sente pelo Charlie? Não, porque se não for amor, é melhor parar de iludir o cara agora!

— Iludir o Charlie? — Questionou Steve, abrindo um sorriso.— Cara, nunca! Eu amo ele. E agora não tenho dúvidas!

— É, e nem é preciso dizer o quanto ele te ama. Quer dizer, não é sempre que a gente encontra gente disposta a se fingir de médico pra ver a gente, só porque a sogra não permite que a sua entrada no quarto de seu futuro namorado.

— Eu pedi ele em namoro!

— O quê? — Rony arregalou os olhos.— E o quê que ele respondeu?

— Ele disse que a gente não precisa apressar as coisas, devemos dar tempo ao tempo.— Disse Steve, com o olhar imerso em um transe passional.

— Olha, gostei, muito sábio.— Disse Rony, batendo palmas.—     Na verdade, já deu pra perceber que o Charlie é uma boa pessoa, e é inteligente.

— É, ele é tudo isso e muito mais. O Charlie e carinhoso e gentil. Sabe, eu acho que se eu não tivesse insistido, ele não iria abrir a boca pra falar da burrada que a minha mãe fez. Eu não entendo como ela foi capaz de fazer uma coisa dessas.

— Ela é sua mãe, cara. Talvez ainda seja difícil pra ela digerir uma informação dessas, tendo em conta que nós viemos de famílias muito conservadoras.

— Eu tô nem aí, Rony. Como eu já disse pra ela, eu sou um homem independente. E na minha vida pessoal, eu não preciso que a minha mãe fique dando palpites e muito menos ordens. Eu estou gostando, aliás, eu estou amando isso que estou sentindo pelo Charlie. Eu nunca antes senti algo assim.

— Nem com a Alana? — Indagou Rony.— Eu me lembro que você era caidinho por ela.

— É, mas isso acabou e ficou lá no passado. Foi bom enquanto durou. Agora, agora eu só quero o Charlie.

— É, mas não é isso o que a Alana sente ou pensa.— Disse Rony, abrindo um sorriso debochado.

— É, mas ela vai ter que entender que eu não estou nem aí pra ela! — Disse Steve.

[...]

Alana estava entrando no hospital, quando encontrou Catalin aos prantos.

— Catalin? O que está acontecendo? — Indagou ela, se aproximando e segurando nela.

— Ai, Alana..— Elas se abraçaram.— Eu acho que estou perdendo o meu filho, e tudo por culpa daquele moleque da periferia.

— Não, isso nunca vai acontecer. Eu tenho um plano.

— Um plano? Que plano? — Questionou Catalin, ficando séria.

— Eu vou usar outro método pra reconquistar o Steve.

Catalin abriu um sorriso maléfico, enquanto olhava pra Alana.

[...]

— Sim, eu me lembro desse dia. A gente voltou pra casa com a roupa toda manchada de brigadeiro.— Disse Rony.

— Chega, chega...— Disse Steve, gargalhando.— se eu continuar rindo assim, a ferida vai se abrir.

— É, tem isso.— Disse Rony.— Como você está se sentindo?

Ele Me Deixa Louco Onde histórias criam vida. Descubra agora