Não, isso é mentira!

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— Não, isso não pode ser verdade.— Dizia Steve, incrédulo.

— Como não? Você não ouviu? — Alana abriu um sorriso.— Eu acho que já está na hora de ver quem realmente ama você, Steve. Está na hora de você ver quem sempre esteve aqui e sempre estará, a mãe de seus filhos.

Steve deu de ombros, com as mãos na nuca e soltou um forte suspiro.

— Isso não é verdade, isso é inteligência artificial. Isso não pode ser verdade.

— Isso é verdade, Steve. E se quiser, pode perguntar para o próprio Charlie. Ele disse isso, palavra por palavra!

Steve pegou no copo e colocou vodka, tomando um gole.

— Steve, você..

— Vai embora! — Disse Steve, voltando a tomar outro gole de álcool.

— Mas, Steve..— Ela foi interrompida, antes que se pudesse pronunciar a longo prazo.

— Vai embora, Alana. Eu quero ficar sozinho!

Alana abriu um sorriso maléfico e soltou um suspiro, voltando a fingir que era a compreensiva.

— Tudo bem, tudo bem, eu entendo, Steve. Bom, de qualquer jeito, eu vou deixar o gravador aqui. Pensa bem em tudo o que a gente conversou, Steve. Ele não te ama, só quis te usar pra conseguir aproveitar do seu dinheiro. Eu, sempre te amei!

Alana pegou em sua bolsa, que estava posada sobre uma cadeira.

— Você sempre pode contar comigo, Steve. Eu te amo.

Depois de dizer aquilo, Alana foi-se embora, deixando Steve completamente imerso em seus pensamentos longínquos.

Steve balançou a cabeça, tomou o último gole de sua bebida e se levantou, pegando naquele gravador e saindo do apartamento, rumo ao presídio.

[...]

— Visita pra você, Charlie portella.— Disse o oficial.

— O quê? De novo?

— O que foi, está com ciúmes, Trovão? — Indagou um outro prisioneiro, da cela ao lado.

Os outros iniciaram gargalhadas, rapidamente cessadas.

...

Chegando lá, Charlie viu Steve de costas.

— Policial? Abre a porta, por favor. Eu não quero falar com ele! — Disse Charlie, cruzando os braços.

Steve se virou e olhou para Charlie.

Depois, se aproximou dele e olhou para bem no fundo de seus olhos.

— Se eu não te amasse tanto, agora, estaria bem longe daqui.

— Nunca é tarde pra ir embora, afinal de contas, você é rico, né? — Indagou Charlie.

— É, eu sou, e eu era feliz ao seu lado, mesmo que agora eu saiba que essa riqueza era a única coisa que nos mantia juntos.

Charlie franziu o cenho.

— Hã? Do quê que você está falando?

— Da verdade, Charlie. Então era verdade! Era verdade que você só queria se aproveitar dos bens que eu podia dar, do meu dinheiro.

Charlie balançou a cabeça negativamente, enquanto os seus olhos estavam semi-cerrados, totalmente incrédulo.

— Eu achei que você me amasse, de verdade. Achei que houvesse uma conexão de verdade, entre eu e você, Charlie. Eu ainda prefiro acreditar que essa gravação é mais uma mentira da Alana.

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