A Evelyn...?

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Charlie estava nos braços de Lucas, quando os seus olhos se cruzaram.

— Charlie...— Disse Lucas, com os olhos arregalados.     

Charlie pegou na sua bombinha de ar e deu umas guinadas. De imediato, saiu dos braços de Lucas.

— Não, só pode ser engano! — Disse ele, chorando.

— Charlie, do quê que está falando? — Indagou Mariela.

Depois, olhou para o celular de Eve, que estava num saco plástico, nas mãos do oficial da justiça.

— Você conhecia a vítima? — Indagou o oficial.

— Que vítima?

— Mariela, a Evelyn...— Disse Charlie, não conseguindo terminar a frase.

— O corpo foi achado na floresta vizinha, e...

— De que corpo vocês estão falando? — Questionou Mariela, com os olhos marejados.— Charlie..

— Amiga, a Evelyn está morta! — Disse Charlie.

— O quê?

Mariela começou a chorar, naquele exato momento.

— Isso só pode ser engano! — Disse Mariela, se aproximando e pegando naquele saco plástico, que continha o celular de sua amiga.

— Você não pode...

Mariela observou com mais atenção, e já não tinha dúvidas.

— É da Evelyn! — Disse ela.

Charlie se virou pra Lucas e o abraçou.

Lucas não estava esperando por aquilo, mas ele percebeu que Charlie estava destruído.

— Não, não pode ser..— Disse Charlie.— Não...

Lucas levantou os braços e correspondeu ao abraço de Charlie.

“Isso é pouco, Charlie. Você merece muito mais, ainda não viu nada!” — Pensou Lucas, enquanto o abraçando com fingimento.

As lágrimas de Charlie traziam alegria pra Lucas. Ou pelo menos, era o que Lucas achava que devia sentir, mas não foi o que aconteceu.

Charlie estava vulnerável.

— Fica calmo, Charlie.— Disse Lucas.

Charlie largou Lucas e foi abraçar Evelyn.

— Amiga...— Disse ele, em meio ao abraço.

— A Evelyn está morta, Charlie.— Disse Mariela.— Morta, não pode ser.

— Não, esse celular é muito comum. E o nome também, não pode ser a nossa Eve, deve ser outra.

Charlie estava respirando ofegante.

— Charlie, você tem que ficar calmo.— Disse o delegado, percebendo o seu estado de saúde.

— Aqui está o seu bilhete de identidade! — Disse o oficial.

Charlie pegou naquele saco plástico, onde estavam os documentos de sua amiga.

— Não, não pode ser! — Disse Charlie, ajoelhado.— Eu não acredito que isso está acontecendo.

Mariela se aproximou de seu amigo e colocou a mão em seu ombro.

— Oficial Aragão, não deveria ter entrado sem permissão.

— Me desculpe, delegado! — Disse o homem.— Com licença.

— Oficial Lucas, o que você está fazendo aqui? — Indagou o delegado.

— Eu vim saber se há alguma novidade. Vim saber se vocês descobriram o assassino da minha esposa, e do filho que ela estava esperando.— Disse Lucas, olhando pra Charlie.— Mas depois eu volto, permissão pra me retirar, delegado..

Ele Me Deixa Louco Onde histórias criam vida. Descubra agora