A euforia

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Charlie abraçava o seu corpo, enquanto a volatilidade de seus pensamentos longínquos se fazia sentir.

E enquanto sorria, o seu coração se apertava casa vez mais. A possibilidade de que ele fosse o motivo da tristeza do amor da sua vida, o deixava de coração partido. Afinal de contas, Charlie era louco por Steve.

Durante um tempo considerável, Charlie decidiu fechar as portas de seu coração para o amor. E muitos tentaram atravessar essa grande barreira. Mas somente um, Steve, conseguiu entrar sem nem mesmo bater na porta. E o coração partido de Charlie nem mesmo se dignou a prestar resistência.

Enquanto o silêncio reinava na cadeia, o amor que emanava o olhar de Charlie era intrínseco.

Steve estava embriagado, mas ainda assim não parava de pensar em Charlie. Isso é amor!

Quando duas almas estão em conexão, e às vezes, nem sabem.

Às vezes, Charlie olhava para a lua quadrada, através da pequena janela daquele formato que estava naquela cela. E quando isso acontecia, ele se perguntava: “Será que ele pensa em mim?”.

Mas, depois daquela declaração pública, Charlie não teve mais dúvidas.

— Ele me ama. Ele ainda me ama! — Disse ele, com um sorriso do tamanho do mundo.         

Depois daquilo, Charlie fechou os olhos e adormeceu.

[...]

Do outro lado, a noite ainda continuava uma criança.

— Muito obrigada pela sua presença. E por favor, me perdoem por aquele incidente lamentável.— Disse Catalin, acompanhando os convidados até a saída.

Depois que todos se foram, Catalin se aproximou de Eduarda, que tentava consolar Alana.

— Esses eram os últimos.— Disse Catalin.

Enquanto isso, Alana chorava de forma incontrolável.

— Calma, filha. Esquece o que aconteceu, meu amor..

— Esquecer? — Questionou Catalin.— Como esquecer, mãe? Como esquecer que eu fui humilhada?

— Alana, meu anjo...— Catalin foi interrompida.

— Maldição! Não pode ser...— Disse Alana, se levantando e dando de ombros, segurando na mesa. A sua maquiagem estava bem borrada, consequência do seu choro.— Não pode ser que até mesmo longe aquele Charlie continua estragando tudo.

Catalin olhou para Alana e depois olhou para o lado, parando pra pensar naquilo.

— Eu pensei que já tivesse me livrado dele. Pensei que agora sim o Steve era meu, mas não, parece que não, eu estava enganada.

— Não, querida. O Steve será seu marido.— Disse Catalin, se aproximando de Alana, que permanecia de costas pra elas.

Alana se virou e olhou pra Catalin, exibindo toda tristeza misturada com ódio, que nos traços de seu rosto se esboçavam.

Olhando pra Alana, naquele estado, Catalin percebeu que ela realmente estava num estado crítico.

— E daí que ele vai ser meu marido? O que isso importa? — Questionou a jovem.— O Steve ama o Charlie, é ele quem o Steve ama, não a mim.

Catalin segurou nas mãos de Alana, e olhou pra bem no fundo daqueles olhos escondidos pelo choro.

— Então, faça com que ele ame você! — Disse a futura sogra.— Faça com que ele esqueça aquele criminoso, sim, porque é isso mesmo que aquele delinquente é, um delinquente criminoso. Em compensação você, é uma dama da alta sociedade. E só pra começar, você é uma mulher! Depois, você está esperando um filho dele.

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