— A ludomania, mais conhecida como jogo patológico – ou popularmente intitulada “vício em jogo” – é uma condição que acompanha o formato de quaisquer outros vícios.
Há uma série de comportamentos repetitivos, compulsivos e motivados pela necessidade constante de buscar cada vez mais a sensação de prazer ou recompensa.— Disse ela.— Mas os problemas que o jogo patológico ocasiona ao indivíduo viciado não param por aí, uma vez que os familiares, amigos e todas as outras pessoas com quem esse indivíduo possui algum vínculo afetivo ou de convivência também são afetadas.— Muito, muito mesmo! — Disse Mariela.
Charlie olhou para o lado e percebeu que realmente, eles estavam julgando e nem mesmo perceberam.
— Você tem razão, mamãe, a gente estava julgando. Na verdade, algumas pessoas fazem por hobby mesmo.
— Hobby ou vício: como saber?
Antes de mais nada, é preciso esclarecer uma coisa: mesmo que nem todo hobby venha a se tornar um vício, fatalmente quase todos os vícios já foram “apenas um hobby” algum dia. É esse o motivo que faz com que o viciado dificilmente identifique que seu quadro se encaixa em uma patologia.
Aliás, geralmente quem nota mais facilmente os indícios do surgimento de um vício é quem está em volta do possível indivíduo viciado.
Sabe-se que todo tipo de vício é complicado por si só e pode se instaurar de forma a interferir no cotidiano familiar, profissional e nos relacionamentos sociais de alguém.Mariela balançava a cabeça positivamente.
Quando se trata de compulsão relacionada a jogos, o problema pode aumentar ainda mais se envolver apostas em dinheiro, o que pode dar a falsa esperança de ganhos que raramente virão.
O que difere da dependência química é que antes voce tinha que ir a biqueira (ponto de venda de entorpecentes ilícitos), hoje a biqueira está nas suas mãos.— Ok, eu entendo tudo isso, mas o que a gente pode fazer?
— Olha, procurar ajuda é o primeiro passo. Acima de tudo, parar de julgar e se colocar no lugar dele já ajuda muito. Quando uma pessoa está precisando de ajuda, ela necessita de acolhimento, principalmente por parte da família.
— Você tem razão, tia, tem toda a razão. O que a gente precisa fazer, é apoiar ele na luta contra esse vício, isso!
— Exactamente!
— E se a gente fizesse uma oração? — Indagou Charlie, calando a boca de todos.
Elas olharam pra Charlie com estranheza.
— O que foi, gente? — Indagou Charlie.— Eu estou falando sério! Vocês podem se aproximar?
Elas acharam um pouco inesperado, mas se aproximaram de Charlie e Charlie segurou em suas mãos.
— Se tem uma coisa que eu aprendi, é que Deus existe. E apesar das dificuldades que a gente ultrapassa, Ele sempre está com a gente. Nós temos que entregar esse problema nas mãos dEle.
— Eu não sei orar, Charlie! — Disse Mariela.
— Ninguém sabe, amiga. Você sabe o que é uma oração?
Mariela balançou a cabeça negativamente.
— Oração, é ter uma conversa com Deus. Quando a gente faz isso com frequência, mais intimidade a gente tem com Ele, entende?
Karen olhou pra Charlie e abriu um sorriso, pensando no quão poderoso Deus era, capaz até de mudar a mente de alguém que não mais cria.
— Quando o Daniel morreu, eu dei adeus à tudo o que Deus significava. Eu me afastei, porque eu não conseguia entender o porquê de aquilo ter acontecido. E na verdade, até hoje eu não entendo. Mas agora eu sei, agora eu sei que nada é por acaso e tudo, absolutamente pra tudo tem um propósito. Então, nós vamos entregar esse problema ao Único que realmente pode mudar tudo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ele Me Deixa Louco
RomanceEssa é a história de amor entre um homem rico e um jovem de classe média. Quando o amor ultrapassa os limites!