Rodrigo?

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Steve estava totalmente vulnerável. E Rodrigo, sabia disso perfeitamente.

— Sempre se achando melhor, né? — Indagou Rodrigo.— Você sempre se achou melhor e maior que eu, Steve. Sempre quis o meu lugar. E olha só, você está aqui, mas minhas mãos. O que me deixa intrigado, é a sua capacidade de manipular todo mundo. Quando o papai morreu, era eu quem estava aqui, sendo o homem da casa. Você, por outro lado, foi embora, fingindo como o covarde que você é. E agora voltou, tomando nas suas mãos tudo aquilo que era meu. Enquanto eu estou preso, você pode ir para onde bem entender. E enquanto eu estou lá, você faz de tudo pra manter esse amor que a Alana sempre teve por você, e que eu nunca entendi. Eu dei tudo pra ela: jóias, carros, presentes caríssimos. Mas no fim, ela escolheu você, seu imbecil. Você chegou roubado as atenções de todos, né? Sempre foi o seu objectivo, tanto, que conseguiu que um veado se apaixonasse por você, e tudo só pra chamar atenção. E agora, como se fosse pouco, você conseguiu alcançar a direção geral das empresas da família.— Enquanto falava, preparava uma seringa.— É, eu tenho que admitir, você chegou bem mais longe do que eu poderia imaginar. Mas agora, isso chegou ao fim!

Rodrigo se aproximou de Steve, lentamente.

— Eu espero que você faça uma boa viagem, irmãozinho.— Disse ele, se preparando para espetar a agulha da seringa em seu pescoço.— Eu, sinceramente, não vou sentir nem um pouco a sua falta.

Sem querer, Rodrigo acabou deixando a seringa cair. E quando ele a apanhou, disse:

— Hoje você morre, e não importa o que aconteça, nada vai me impedir.

Quando ele já ia aplicar a injeção, a porta foi aberta.

— Hey, quem é você? — Indagou um enfermeiro, entrando no quarto onde Steve estava hospitalizado.

Rapidamente, Rodrigo largou a seringa e correu em direção à saída, derrubando os prontuários que o enfermeiro trazia consigo.

Depois de perceber o jeito com que Rodrigo saiu correndo, o enfermeiro começou a analisar o paciente, afim de saber se lhe havia causado algum dano.

Depois, ele pegou a seringa e pôde constatar:

— Isso é veneno ácido! — Disse ele, franzindo o cenho.

Felizmente, ele chegou a tempo e evitou uma tragédia.

[...]

Por outro lado, Charlie estava em sua casa, jantando, na companhia de sua mãe e sua irmã.

Karen logo percebeu que Charlie estava um pouco pra baixo, e era totalmente compreensível, ao seu ver.

— Filho..— Chamou ela.

Charlie permaneceu em silêncio, perdido em seus pensamentos.

— Charlie...— Chamou Karen, novamente.

Charlie estava num transe, sonhando de olhos abertos, na verdade, recordando.

— Alguém pode chamar o Charlie, por favor?

— Hã? — Indagou Charlie, saindo do transe em que estava.— O que foi?

— Filho, eu sei que não está sendo nada fácil pra você, mas você tem que ser forte.

— Olha, já aconteceu tanta coisa comigo, que nada mais me surpreende! — Disse o rapaz, destacando o quão triste estava.— Eu só espero que o Steve fique bem.

No momento em que Charlie disse aquilo, sentiu uma pontada no peito e deixou cair o copo, ficando todo quebrado.

— Charlie, o que foi? — Questionou Cíntia.

Ele Me Deixa Louco Onde histórias criam vida. Descubra agora