A viagem

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— Como isso foi acontecer? — Indagou Catalin.— Eu quero que o responsável pague por isso.

Ela estava no hospital, do lado de fora do quarto em que Rodrigo estava internado.

— Eu exijo que vocês tirem aquelas algemas. Ele está ferido, será que ele pode fugir assim? — Indagou ela, furiosa.

— Eu estou fazendo tudo o que posso, Catalin.— Disse o advogado.     

— Pois faça mais. Faça de tudo pra acabar com isso. Se for necessário, ofereça ao juiz o que for necessário, quanto for necessário, mas tira o meu filho da prisão. E eu repito, quero que os responsáveis por isso sejam torturados até que não tenham mais forças para andar.— Disse ela, furiosa.— E se o meu filho morrer, que eles também morram!

[...]

Já havia se passado uma semana!

Eram 5:00 da tarde, quando eles estavam se despedindo.

— Eu vou sentir muitas saudades vossas.— Disse Charlie.— Tá, chega de frescura.

— São só uns meses, Charlie. E o tio Bob ainda estará em Seattleville por um tempo. Você não vai ficar só.

— Não vai ser a mesma coisa, mas enfim, o importante agora é a saúde da Cíntia. O bom é que o tio Kevin vai com vocês.

— É.— Disse Cíntia.

— Façam boa viagem, e tenham juízo.— Disse Bob, segurando na mão de Karen.

— Eu vou sentir saudades, seu chato.

— Nossa, falou a drogada! — Rebateu Charlie.

Eles se aproximaram e se abraçaram.

— Sua Kenga da Inglaterra.

— Vaca sem estrume.— Rebateu Cíntia, ainda em meio ao abraço.

Karen olhou pra eles, franzindo o cenho.

— Relaxa, são os insultos mais dóceis possíveis, acredita. A gente era assim, lembra?

— Ah não, a gente não era não.— Disse Cíntia, fazendo ele semi-cerrar os olhos e cruzando os braços.— A gente era pior. Enfim...

— A genética! — Falaram Karen e Bob, em uníssono.

Depois, Charlie também abraçou sua mãe, enquanto Bob abraçava a sua sobrinha.

— Juízo, hein.— Disse Karen.— Nem precisava dizer, eu sei que você tem juízo de sobra. Vem cá, eu sei que essa não é a melhor hora pra essa conversa, mas eu tenho que dizer.

Charlie não estava entendendo nada, até a sua mãe baixar o tom de voz e dizer:

— Charlie, você e o Steve, usem camisinha!

— Mãe...— Disse Charlie, sem reacção.

— É muita irresponsabilidade não ter conversado com você antes, mas a vida anda muito corrida e é difícil ter tempo para tudo, mas é isso, filho. Homem não engravida, mas pega doença, então, nunca, em hipótese alguma faça sexo sem camisinha.

Charlie já estava corado o suficiente, a única coisa que ele queria, era que aquele papo morresse logo.

— Tá bom, mãe.— Disse ele, dando fim.

Karen deu um beijo em sua testa.

— Tá, mãe, já chega! — Disse ele, abrindo um sorrisinho envergonhado.

Bob ia levá-las ao aeroporto, então, as malas já estavam bem arrumadas no porta malas de seu carro.

— Vamos? — Indagou Bob.

Ele Me Deixa Louco Onde histórias criam vida. Descubra agora