Nós somos adultos.

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Depois de minutos dirigindo, Steve chegou ao prédio onde Charlie vivia.

Parando o carro, Steve percebeu que Charlie olhava a paisagem pela janela, totalmente perdido em seus pensamentos.

— Charlie?

Chamou Steve, percebendo que Charlie estava imerso num grande transe.

— Charlie, amor?

— Hm?  

— Você ficou calado, o caminho inteiro! — Disse o mais velho.— Espera, isso não é por causa do que aconteceu há pouco, é?

Charlie olhou para Steve e voltou o seu olhar para o lado de fora do carro.

Steve segurou em suas mãos, roubando as atenções pra si, de novo.

— Charlie, você não deve ficar abalado por aquilo.

— Acredita em mim, eu estou tentando. Steve, a sua mãe literalmente me odeia! — Disse ele, tentando se soltar das mãos de Steve, que olhou para bem no fundo de seus olhos.— Me solta.

— Não solto!

— Steve, é bom me soltar por bem.— Disse Charlie, semi-cerrando os olhos, enquanto um pequeno sorriso tracejava a sua expressão facial.

— Ou o quê? — Indagou o outro, se aproximando mais.

— Steve, você está brincando mal.

— Adoro essa marra que você coloca não seu olhar, quando finge que é durão.— Disse Steve, amolecendo o coração de Charlie e soltando as suas mãos, aos poucos.

— Eu já disse pra...— Ele parou de falar, quando percebeu que já estava solto.— Ah..

— Você é lindo, sabia?

— É, digamos que a minha mãe não é nada feia. Tive a quem puxar! — Disse Charlie.

Depois daquilo, eles soltaram uma leve gargalhada e ficaram num silêncio só. Até um deles quebrar o gelo.

— Eu acho que ela nunca vai aceitar a gente!

— E ela não precisa aceitar a gente, Charlie. Nós somos dois homens, maiores de idade. Eu amo você e você me ama, não tem nada que aceitar, a gente só está deixando claro!       

Charlie se ajeitou um pouco e olhou para Steve.

— Você está falando sério?

— Muito sério. Charlie, você me ama?

Charlie abriu um sorriso.

— Positivo.

— Então, isso é o que importa. Eu sou um homem livre e você também é. Repito, nós somos maiores de idade e temos todas as faculdades mentais pra decidir começar uma relação ou não. Eu escolhi você, e que se dane o mundo, eu estou feliz.

Charlie pegou em sua mão e deu um beijo.

— Eu te amo, sabia? — Disse Charlie.

— É, digamos que os meus pais fizeram um bom trabalho.

Disse Steve, fazendo com que os dois soltassem umas risadas.

— Então, isso quer dizer que nós somos namorados.

— Sim, namorados.— Respondeu Steve.

— Nossa, gente, eu tô namorando! — Disse Charlie, abrindo um sorrisão e dando um beijo em Steve.

— Sim, é a primeira vez?

Ouvindo aquilo, o sorriso de Charlie foi de desfazendo aos poucos, até que ele tentou mantê-lo em pé, mas Steve já tinha percebido que aquela questão mexeu com Charlie.

Ele Me Deixa Louco Onde histórias criam vida. Descubra agora