Coração de mãe não se engana!

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— Que bom, minha filha.— Disse Marla, abraçando a sua filha, que recebeu aquele abraço sem muito entusiasmo.— Fico muito feliz, muitas felicidades.

— Obrigada, mãe.— Respondeu Mariela, olhando para Walter com reprovação.

— Felicidades, meu filho.— Disse a senhora, abraçando-o.

— Obrigado, senhora.

— Bom, agora que a data já está marcada, nós temos que ver o resto dos preparativos para o casamento, e...

— Não precisa se preocupar com isso, senhora. Eu já tratei disso. Uma grande equipe está se encarregando dessa parte.

Marla abriu um sorriso.

— Fico muito feliz.— Disse ela, olhando para Walter.

Depois que ela olhou pra Mariela, percebeu que ela não estava muito feliz. Ou, pelo menos, algo estava errado com a sua filha.

— Que cara é essa, minha filha? — Indagou.

Mariela olhou pra baixo. E naquele momento, a sua vontade era de explodir e contar toda a verdade. Contar, que estava sendo obrigada a se casar com o Walter, pra impedir que o seu pai fosse preso.

— Mamãe, eu...

— Ela está cansada, é isso. A verdade é que esses dias têm sido muito cansativos lá no restaurante. E também com a faculdade, o cansaço é maior.— Disse Walter.— Mas escuta, você é a futura senhora Dumont, não precisa mais trabalhar naquele lugar.

— O quê? Claro que não.— Disse Mari, franzindo o cenho.— Eu não vou parar de trabalhar pra ganhar o meu próprio dinheiro.

— Calma, não precisa ficar assim, meu amor.

— Não me chama de meu amor..— Disse Mariela, não conseguindo mais se conter.

— Filha...

— Deixa ela, sogrinha. É assim que ela fica quando está com raiva. Eu já estou acostumado.

Marla abriu um sorriso e soltou uma gargalhada.

— Vocês me lembram tanto eu e o seu pai.— Disse olhando pra Mariela.— A gente era assim. E na verdade, o nosso casamento aconteceu de um jeito bem especial. Mas quando o destino decide que é pra ser assim, ninguém mais apaga isso da história.

— Tem razão.— Disse Walter, abraçando Mariela de canto. Mariela revirou os olhos. Depois, Walter deu um beijo em sua bochecha.

Naquele instante, Mariela não conseguiu se conter e quase abriu um sorriso.

— Eu te amo.— Disse ele, olhando pra Mariela.

Quando Mariela olhou para seu rosto, os seus olhares se cruzaram e eles ficaram presos naquele olhar.

— Quem ama não faz isso, Walter.

— Quem ama faz tudo o que pode pra ter por perto. Eu estou usando as minhas armas, afinal de contas, na guerra e no amor vale tudo.

— Mas quem ama, tem que saber deixar ir.

— Do quê que vocês estão falando? — Indagou a senhora, não entendendo o que estava acontecendo ali.

Eles estavam presos no olhar um do outro.

— Eu nunca vou deixar ir a única mulher que eu amei de verdade.

— Quem ama não machuca, senhor Dumont.

— Nunca foi a minha intenção!

— Mas você está fazendo!

Ele Me Deixa Louco Onde histórias criam vida. Descubra agora