Uma notícia em Seattleville

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— O quê? — Indagou Alana, totalmente incrédula.

Um sorriso se formava em seu rosto, e o espanto tomava conta de Richard, que olhava para o rapaz sem reacção.

— O quê?

Steve parou pra pensar, e muitas coisas vieram ao mesmo tempo em sua cabeça.

“— Meu filho..— Disse Catalin, se aproximando de mansinho, afinando a sua voz.— Por favor, me escuta. Por quê você não me escuta, raios? Meu filho, você não aprende que você e esse rapaz não foram feitos pra ficarem juntos? — Questionou ela, fazendo Steve se virar para o outro lado.— Uma vez na vida, me ouça, filho. Ouça a voz da razão e case com a Alana, agora, mais do que nunca!

— A senhora já sabe? A Alana contou para a senhora, pois não?

— Um filho é uma coisa sagrada, Steve. E depois de tudo o que tem acontecido na nossa família, nada melhor que um herdeiro pra trazer vida ao nosso lar.— Disse Catalin.— Nada me faria mais feliz, filho.”   

Depois recordou:

“— Olha, eu estou começando a dar razão à sua mãe, tá? Parece que agora, você só vive aqui. E sempre tem o Charlie envolvido quando esse tipo de coisa acontece, já percebeu?

— Isso foi um acidente, tá bom?

— Sim, mas esse não é o problema. O problema, é que não é a primeira vez, Steve. Sei lá, talvez vocês não tenham sido feitos pra ficarem juntos, como eu e a Nicole.

— Ha Ha, engraçadinho.”

— É isso mesmo, Richard. Se a sua filha quiser, a gente se casa.

— É claro que sim, eu aceito, é claro que eu aceito! — Disse Alana, se jogando nos braços de Steve e dando um beijo nele.

Durante aquele beijo, Steve permanecia estático. E por alguns míseros segundos, se afastando lentamente do rosto de Alana, ele viu nitidamente o rosto de Charlie, que rapidamente se desfez e o real se fez presente.

— Ótimo! — Jubilou Catalin.— Vamos, me tragam um champanhe, isso merece um brinde. Finalmente o Steve fez a escolha certa.

— Sim, e dessa vez, eu não vou deixar que ninguém tire você de mim.— Disse Alana.

— Bom, acho que isso foi mais fácil do que eu imaginei! — Afirmou Eduarda.

— Felizmente, era o certo a se fazer.

— Eu estou muito orgulhosa de você, meu filho. Verá que essa foi a melhor decisão a se tomar. Cadê o champanhe que eu mandei?

A empregada já trazia o champanhe e as taças.

— Com licença! — Disse Steve, visivelmente incomodado com tudo aquilo. Afinal de contas, ele não estava nada feliz com o facto de ter que se casar com alguém que não amava verdadeiramente.

Mas por raiva, ódio, Steve tomou uma decisão precipitada. Nunca devemos tomar uma decisão, não de cabeça quente!

Mas Steve o fez, e não tinha mais como voltar atrás.

Do outro lado, Charlie estava em sua cela, num canto onde nem todos o conseguiam ver. Enquanto lembrava das palavras que preferiu enquanto estava com Steve, uma lágrima desceu por seu rosto pálido.

Era inevitável, a dor que Charlie estava sentindo naquele momento. Não bastasse tudo o que ele já estava passando, parecia que as coisas só pioravam mais e mais.

Depois de uma noite mal passada, Charlie acordou e foi tirado da cela, tal como todos os prisioneiros.

Estando do lado de fora, Charlie observava alguns homens Jogando futebol, outros jogando cartas e outros damas. Alguns faziam exercício físico, e outros, se juntavam pra bater papo.

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