GIZELLY
Após bloquear a tela do aparelho, voltei minha atenção para o trabalho.Estava ficando perigoso demais essa aproximação, e eu sabia disso. Até mais do que no início. Rafaella estava cada vez mais próxima, e seu jeito carinhoso, atencioso e pegajoso (que por sinal eu estava adorando) me fazia pôr em xeque a nossa amizade mais uma vez. Já havia passado da fase da atração e da confusão. Agora eu tinha a absoluta certeza de que ela estava mexendo comigo por dentro. Porém sempre com a mão na consciência. Eu não poderia, em hipótese alguma, me apaixonar por uma mulher já compromissada.
Resolvi esquecer isso, mergulhando de cabeça em meus processos. Passei a manhã toda estudando e montando uma defesa, com a ajuda de Deolane. A próxima audiência que estava por vir, nós duas representaríamos o nosso cliente juntas. Paramos somente da hora do almoço, e como Gabriel estava com a mãe, optamos por pedir comida pelo aplicativo e comer em meu gabinete mesmo.
Por volta das duas da tarde, decidimos encerrar o que fazíamos. Nossa defesa estava praticamente pronta, e combinamos de voltar as estratégias no dia seguinte. Hoje ainda eu teria uma reunião importante. Deolane se despediu, juntando as cópias dos documentos em sua pasta, e saiu.
Peguei meu telefone celular e tirei do modo avião. No mesmo instante o aparelho encheu de chamadas perdidas e mensagens. Nenhuma delas realmente importante. Passei os olhos rápido sobre as mensagens, e respondi algumas. Logo bloqueei a tela novamente, deixando meu computador em modo de espera. Peguei meu blazer a qual estava dobrado no encosto de minha cadeira e vesti. Em seguida peguei meu celular e carteira, para ir em direção ao elevador.
Eu estava ansiosa para ver Rafaella, já que fazia quase duas semanas sem nos ver.
O elevador parou no andar de baixo e as portas se abriram. Com o coração batendo a mil, e as mãos soando frio, parei em frente a porta do seu escritório e toquei a campainha. Em poucos minutos a mesma foi aberta por uma mulher. A mesma que encontrei durante essa semana, algumas vezes no elevador.
- Boa tarde, a Rafaella está?-
- Boa tarde! Sim.- Abriu espaço e eu vi a mesma em pé, de frente para sua mesa, e de costa para a porta, separando alguns papéis quase inclinada.
- Rafa, é pra você!-
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Eu, Tu, Eles!
FanfictionDona de uma vida aparentemente tranquila, uma carreira de sucesso, um marido perfeito e uma filha linda, Rafaella se ver em uma linha cruzada entre o comodismo da vida cotidiana e uma experiência recém-descoberta. No auge dos seus 3 anos de casament...