Capítulo 41

1.6K 120 112
                                    

RAFAELLA

Finalizava a maquiagem, após um banho e um vestido confortável.

Meu irmão chegou com minha cunhada há pouco tempo atrás e eu devolvi sua filha, para em seguida deixar Sofia com eles e sair com alguns amigos. Eu levaria minha filha comigo, porém eles se ofereceram, já que fiquei com a pequena Sarah durante toda a tarde.

Mais cedo quando cheguei aqui na chácara, entrei em contato com Pocah e avisei. Ela, por sua vez, sabendo da minha situação recente, organizou um passeio de barco no lago ao fim do condomínio, para assistirmos o pôr do sol. E juntamente conosco, alguns amigos nosso do tempo de faculdade. Um deles, dono do barco. Eu estava um pouco desanimada, tanto com minha situação em relação a Gizelly, quanto em relação ao Flávio. E eu precisava de uma vez por todas me resolver. Afinal, é pra isso que estou aqui.

Me despedi de minha filha e de todos na casa, e encontrei com Pocah no portão da chácara.

- Pronta?- Ela perguntou retoricamente quando entrei no carro e nos cumprimentamos.

Logo deu partida.

- Com quem cê conseguiu contato, amiga?-

- Com o Zé, o Bruninho e a Deborah. Só não consegui falar com a Camila. Parece que ela está viajando.-

- O Bruninho comprou mesmo a casa do lago junto com o barco?-

- Parece que só a casa. O barco ele trocou pelo jet sky que ganhou do pai dele naquela época.-

- O que eles andam fazendo? Eu nunca mais tive notícias.-

- O Zé tem uma empresa de construção civil, parece. O nome é mãos à obra. Está bombando por aqui. Ele já construiu dois ou três restaurantes, e uma vila de casas.-

- Sério?-

- Sim! Já o Bruninho está reformando a casa do lago em uma espécie de hostel. O Zé tem ajudado ele com isso. O barco vai servir de passeio turístico. A Camila você já sabe que virou modelo, e a Secco está indo pelo mesmo caminho.-

Soltei uma risada em nostalgia.

- Lembro quando começamos a chamar a Deborah pelo sobrenome, só pelo fato dela ser magrinha.-

- Ela era seca, uai.- Pocah deu de ombros, rindo junto.

- Ela ficava puta da vida com isso.-

- Ficava.-

Rimos juntas ao lembrar.

- Mas que bom, que tudo deu certo pra eles. Eu definitivamente não imaginava que os meninos fossem virar empreendedores.-

- Eu também não.-

Rimos mais uma vez, então embarcamos na pauta do tempo da faculdade.

Não demoramos muito para chegar, apenas alguns minutos devido ao condomínio ser extenso demais. Pocah estacionou próximo a casa e descemos. José e Bruno já estavam no barco, preparando-o para sairmos. Caminhamos em direção a eles enquanto Pocah falava ao telefone com Deborah. Olhei as horas em meu telefone celular e o mesmo marcava quatro horas e quarenta minutos.

- Secco disse que já está a caminho. Entrou no condomínio agora.- Minha amiga disse assim que desfez a chamada.

- Se demorar mais um pouco, não vamos aproveitar nada. Daqui há uma hora começa a escurecer.-

Ela deu de ombros em concordância e logo nos aproximamos dos meninos.

Nos cumprimentamos, e conversamos um pouco antes de Deborah chegar. Falávamos sobre como o tempo passou e a saudade que sentimos um do outro. Nós cinco, incluindo Flávio, éramos inseparáveis no ensino médio da escola e também na faculdade. Por um instante ele fez falta em nosso meio, nesse nosso reencontro. Mas Deborah não me deu tempo para lamentar a ausência de Flávio, pois ela logo chegou fazendo a festa como sempre.

Eu, Tu, Eles!Onde histórias criam vida. Descubra agora