Capítulo 46

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GIZELLY

Na quarta-feira desembarcamos no aeroporto do Rio por volta das onze da manhã. Paramos em um restaurante para almoçar, e não enrolamos. Tínhamos que ir para o trabalho e as crianças para a escola. Deixamos as malas no apartamento e os dois menores também, na companhia de Rosa e Larissa. E com a minha mochila e a bolsa de viagem do meu filho ainda no carro, Rafaella e eu seguimos para o escritório.

O início de tarde foi de puro trabalho em meu gabinete. Me tranquei na sala e coloquei em dia, todas as coisas que acumulou durante a folga do fim de semana estendido. Dentre elas, algumas petições ao ministério público. Quando me vi cansada demais para continuar sentada em minha cadeira, e os olhos implorando por uma pausa da tela do computador, arrastei as rodinhas para trás, me afastando da mesa, levantando logo em seguida. No relógio as horas apontavam para às quatro, e só aí me dei conta de que havia passado do horário de lanche. Assim que chegamos, me despedi de Rafaella no elevador e ela disse que iria até às lojas essa tarde. Talvez fosse por isso que eu embarquei totalmente em meus afazeres, sem interrupções. E por isso, perdi a hora de ingerir qualquer alimento. Causando-me uma fome desmedida agora.

Liguei a cafeteira e pus uma cápsula de café com leite no suporte. Enquanto a máquina fazia o trabalho, tirei meu telefone celular do modo avião, que automaticamente começou a receber a enchurrada de mensagens. Uma delas a de Rafaella.

 Uma delas a de Rafaella

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