RAFAELLA
Um mês depois...
Acordei cedo na sexta-feira e após o café da manhã segui para o consultório de Marcela. Fiz a ultrassom e descobri o sexo do bebê. Gizelly não me acompanhou dessa vez, ela teria uma reunião importante e eu não deixei que ela adiasse mais uma por minha causa. Estou esperando por um menino, e quando recebi a notícia eu não acreditei. Fiquei tão feliz, que pedi a obstetra para certificar se era realmente o sexo masculino que apontava o exame. Marcela ria de mim, também feliz pelo resultado. Porém zombando de Gizelly.
Dizia ela, que de acordo com sua avó, as mulheres têm mais potencial para fazer meninos, e os homens para fazer meninas. E como Gizelly veio ao mundo carregando uma parte masculina no corpo, significa que quem fez os filhos dela foram nós. Marcela e eu. Diante disso, a médica riu com gosto dizendo importunar a ex mulher com isso. Seu jeito zombeteiro me fazia rir deitada na maca, pois minha mãe sempre diz a mesma coisa.
- Como vai ser, Rafa?- Ela perguntou; uma vez que eu já estava de pé, pronta para me despedir.
- Vamos pegar a estrada mais tarde. Pensei em contar só amanhã, no café da manhã.-
- Vai ser um presente e tanto.-
- Eu já não sei. Ela queria uma menina né?!- Dei de ombros e Marcela sorriu.
- Ela vai amar a notícia de toda forma, boba. Ela só quer outro filho.-
- Sei que vai. Mas vai ficar chateada um pouco, mesmo não demonstrando. Cê conhece ela melhor que eu.-
- E por conhecer, que eu tenho a certeza de que ela ficará feliz. Tanto quanto ficaria se fosse uma menina.-
- Sim! Obrigada, tá?! Conto tudo quando mostrar o resultado pra ela.-
- Ansiosa pra ver a cara de pamonha dela.-
Nos despedimos depois de alguns minutos, e eu segui até meu carro.
Antes de ir pra o escritório, passei na casa de Gizelly para almoçar. Rosa e Larissa já estavam lá com as crianças. Sofia e eu havíamos dormido de ontem para hoje lá, já que viajaríamos mais tarde. Amanhã é aniversário de Gizelly, e com muita insistência, ela resolveu comemorar.
Estacionei o carro do lado de fora e entrei usando minha chave. A cópia que minha namorada me ofereceu há algumas semanas. E assim que adentrei a sala de estar, cumprimentei a babá que ajudava as crianças no almoço, no canto esquerdo do cômodo conjugado a sala, onde fica o espaço com a mesa de jantar. Os dois uniformizados para escola. Deixei um beijo em cada um e segui até a cozinha. Rosa terminava de fritar batatas Chips.
- Huum, nossa Rosa... Que cheirinho delicioso.-
- Gigi pediu pra eu fazer bife com bastante cebola e fritas para o almoço, pois você estava com desejo.-
- Eu comentei mesmo com ela ontem a noite. Minha boca enche de água só de pensar.- Peguei um dos anéis de cebola e pus a boca, gemendo em satisfação. - Muito bom!-
- Senta lá na mesa, filha! Só estou terminando as fritas.-
Voltei onde as crianças estavam com Larissa e me sentei. Não demorou muito para Rosa aparecer e pôr sobre a mesa as três tigelas. Batata frita, anéis de cebola e os bifes. Comemos em harmonia, todos.
Tempo depois as crianças terminaram e saíram da mesa. Larissa também terminou e seguiu com eles até o banheiro para a higiene. Quando eu terminei, ajudei Rosa com a retirada da mesa.
- Gigi me contou que vocês saberiam o sexo do bebê hoje, Rafa. Já soube?-
- Sim! Mas se importa se eu contar pra ela primeiro?-
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Eu, Tu, Eles!
FanfictionDona de uma vida aparentemente tranquila, uma carreira de sucesso, um marido perfeito e uma filha linda, Rafaella se ver em uma linha cruzada entre o comodismo da vida cotidiana e uma experiência recém-descoberta. No auge dos seus 3 anos de casament...