Capítulo 38

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Galerinha, é o seguinte... Tem fic nova na área, e está no perfil da AnaLuisaNunes8. Quem ainda não leu, dê uma passada lá.. Tá muito boa!

Boa leitura! 😎

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GIZELLY

Acordei na manhã de sexta-feira com um peso em minha costa. Eu estava de bruços, minha posição natural de todas as manhãs, e sentia beijinhos suaves em minha nuca e ombro. Abri os olhos preguiçosamente e levantei o pescoço, olhando para trás, tendo Rafaella ali, me encarando com um sorriso pequeno.

- Bom dia!- Sussurrou deixando mais um beijo no canto de minha boca.

- Bom dia!- Respondi no mesmo tom, olhando para o meu lado, vendo meu filho dormindo profundamente, bem no cantinho da parede. Ele estava de lado, com a costa para nós, e um espaço consideravelmente vago em nosso meio.

De forma preguiçosa, fiz um esforço básico para me virar de frente, enquanto Rafaella me dava espaço para isso. Porém, ainda sobre mim. E quando eu finalmente me pus de costa contra o colchão, ela relaxou o peso em meu peito, barriga e pernas. Reparei que ainda estava com o seu blusão, dando-me a certeza de que ainda não havia saído do quarto.

- Acordou tem muito tempo?- Perguntei com minha voz ainda rouca.

- Na verdade eu quase não dormi.-

- Tem haver com a sua filha?-

- Não! Tem haver com você e eu.- Sua resposta tímida e sem jeito, me fez soltar um suspiro nasal pequeno. - Quero resolver isso antes de sairmos desse quarto. Pode ser?-

- Posso ir ao banheiro? Estou sentindo o cheirinho gostoso de pasta de dentes vindo de você. Posso me igualar?- Perguntei com um teor de descontração, e ela sorriu em concordância.

Então se jogou para o lado, entre Gabriel e eu, e eu levantei seguindo para fora do quarto.

Eu sabia que não estava com mau hálito. Exceto o aroma normal de uma boca fechada por oito horas. Porém eu queria quebrar a tensão a qual provavelmente só eu esteja sentindo. Rafaella acordou disposta a acertar as coisas, mas eu não queria ter essa conversa aqui. É o nosso último dia, as últimas horas antes de pegarmos a estrada mais tarde. E eu queria aproveitar o dia sem mais complicações entre nós.

Terminei minha higiene e voltei para o quarto. A casa estava completamente silenciosa, e o relógio apontava para muito cedo. Rafaella certamente quis resolver tudo, antes de todos acordarem. Principalmente as crianças.

Fechei aporta novamente atrás de mim, e a encontrei ainda no mesmo lugar, debaixo da coberta, encarando o teto. Assim que sentiu minha aproximação, ela se virou de lado e ergueu o cobertor, para que eu me deitasse na ponta do colchão.

E assim eu fiz.

Uma vez que estive acomodada da maneira mais confortável, ela abraçou meu tronco e pôs uma das pernas sobre as minhas, mantendo ela entre as minhas. Automaticamente levantei meu braço e ofereci para que sua cabeça deitasse em meu peito.

Permanecemos assim por alguns minutos, em silêncio, tendo apenas seu rosto em meu pescoço, sentindo sua respiração calma. Passei a acariciar seus cabelos com minha mão livre, ouvindo um suspiro satisfeito.

- Sosô conseguiu falar com o pai dela?- Cochichei na intenção de quebrar o silêncio.

Ela então afastou o rosto do meu pescoço, porém ainda mantendo sua cabeça em meu braço.

Eu, Tu, Eles!Onde histórias criam vida. Descubra agora