Dona de uma vida aparentemente tranquila, uma carreira de sucesso, um marido perfeito e uma filha linda, Rafaella se ver em uma linha cruzada entre o comodismo da vida cotidiana e uma experiência recém-descoberta. No auge dos seus 3 anos de casament...
Na mesa do café da manhã, Gabriel e Sofia falavam pelos cotovelos. Meu filho ficou feliz com a notícia de um irmãozinho, já Sofia de início fez um bico enorme e cruzou os braços contrariada. Essa queria uma menina, assim como eu. Sua reação nos rendeu uma boa risada, e Rafaella zombando por eu estar formando uma discípula fiel a mim. Agora estamos prestes a finalizar o desjejum, para aproveitarmos a piscina um pouco antes do almoço.
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Assim que postei a foto registrada, uma chuva de mensagens chegou em meu aplicativo. Todos me parabenizando pelo sexo do bebê, e também pelo meu dia. Eu respondia todos com um sorriso largo no rosto.
- Baby...- A voz manhosa de Rafaella e seu toque suave em meu braço, chamou minha atenção. A encarei bloqueando a tela do aparelho. - Estou com uma vontade de comer coxinha.-
- Mais tarde a gente pode sair e procurar por uma lanchonete.- Falei agora finalizando minha xícara de café.
- Mas não é uma simples coxinha... Na verdade é massa de coxinha, com o recheio de ovo cozido.-
A encarei com o cenho franzido.
- Que mistura é essa?-
- Apareceu um anúncio entre os vídeos que eu estava assistindo, e vi essa receita. Nossa, só de pensar me dá água na boca.-
- Onde vamos achar essa coxinha de ovo cozido por aqui, bebê?-
- Não sei, amor, a gente pode procurar. Não é tão incomum.-
- É muito incomum.- Respondi com uma risada e ela fez o mesmo bico de Sofia. - Vamos fazer assim... Vejo se tem ingredientes na dispensa, no meio das compras que trouxemos, e eu faço mais tarde.-
- Cê sabe fazer salgados?- Perguntou com um ar surpreso.
- Sei fazer muitas coisas na cozinha.- Dei de ombros convencida e ela levantou uma das sobrancelhas.
- Cê é exibida demais, sô.- O sotaque carregado me fez gargalhar, me inclinando para roubar um selinho em seguida.
Ela serrou os olhos, me fazendo rir ainda mais.
Depois desse momento resolvemos levantar da mesa. As crianças entraram com Rafaella para vestir as roupas de banho e eu me encarreguei em arrumar a bagunça feita.
Passamos o restante da manhã na piscina.
Mais tarde, logo após o almoço, fomos em direção a ilha. Caminhamos cerca de quinze minutos até chegarmos à praia particular. Rafaella e eu de mãos dadas, observando cada detalhe do condomínio e comentando sobre o lugar. Sofia e Gabriel a nossa frente. Cada um em seu carro elétrico a qual trouxemos no carro alugado.
Passamos parte da tarde na praia. As crianças brincando, hora na areia e hora na beira do mar, com a água sem onda alguma. Enquanto Rafaella pegava um pouco de sol e eu lia um artigo em meu iped. A ilha estava praticamente deserta, com apenas alguns moradores ou visitantes. Por isso estivemos tranquilas em relação as crianças, deixando os dois à vontade.
