Capítulo 53

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RAFAELLA

Duas semanas depois...

Os dias passaram rápidos, e com eles a correria. Gizelly e eu fomos à consulta de rotina e pela ultrassom, constatamos que nosso bebê estava crescendo perfeitamente saudável dentro de mim.

Também fomos em algumas lojas infantis e compramos o enxoval. Escolhemos o quarto completo e colocamos no endereço de Gizelly. Decidimos que ele e Sofia dividiram um quarto lá. E em minha casa, optamos por apenas comprarmos um berço lateral a qual ficaria ao lado da minha cama. Durmo sozinha todas as noites, exceto aos fins de semana a qual estou com Gizelly. Quando Theo chegasse em seu primeiro ano de vida, veríamos o que fazer. Talvez eu procurasse um apartamento maior, com mais quartos, pois agora não são apenas a minha filha e o dela mais. Agora são os nossos.

Durante essa última semana, eu recebi o convite de aniversário de um ano da minha sobrinha. Gizelly e eu ainda não estamos muito bem por conta de seu último caso. Entretanto, nossa convivência é estável. Ela evita comentar qualquer tipo de coisa relacionada ao processo, e quando precisa se reunir com a cliente, faz isso fora do escritório. Eu não estou satisfeita com essa situação, mas mesmo assim decidi relaxar. Apesar do ciúme toda vez que ela vai encontrá-la e o conjunto de raiva e mágoa do passado, eu não me opus mais. Todavia, comentei com ela sobre o aniversário. Gizelly não me deu certeza se iria, Gabriel estava com Marcela e ela teria uma audiência de custódia. No entanto, fiz as malas para o fim de semana em Goiânia, e ela me encontraria assim que pudesse.

Desembarquei às oito da noite de sexta-feira, encontrando meu irmão no aeroporto. Renato me esperava; uma vez que avisei estar chegando.

Fomos em direção a chácara e em poucos minutos chegamos. Sofia dormia em meu colo, cansada de um dia na escola, assim como eu também estava, pois tinha trabalhado.

- Até que enfim chegaram...- Ouvi a voz animada da minha mãe, assim que meu irmão parou o carro na garagem.

Ela se aproximou e abriu aporta para eu descer, já pegando a neta para ela. Sofia despertou apenas para ver quem puxava ela, e voltou a se encolher no colo da avó.

- Tudo bem, mãe?- A cumprimentei assim que desci do carro.

Ela esticou o braço livre e me abraçou, beijando minha bochecha.

- Vamos entrar! A mãe fez aquela galinhada que cê gosta tanto.- Sorri ameno e com a boca cheia de água. - Tato, depois traga as bolsas da sua irmã.-

Olhei para o meu irmão e soltei uma risada com a expressão a qual ele fez. Mamãe estava realmente empolgada com minha chegada. Era sempre assim.

O momento jantar foi tranquilo e regado de saudade. Havia algumas semanas as quais eu não os via. Já estamos combinando de minha mãe viajar para o Rio e passar uma temporada lá, assim que Theo nascer. Gizelly e eu, em conjunto, decidimos que eu passaria o resguardo em sua casa. E ela receberia minha mãe de braços abertos. Renato também me contou a novidade. Ele e Dani finalmente conseguiram concluir a reforma da casa que ambos compraram e estavam radiantes. Eles já haviam se mudado para a mesma. E minha sobrinha, Sarah, faria um aninho no dia seguinte. Fiquei bastante tempo com ela em meu colo, que escalava minha barriga para ficar de pé. Até comentei com minha cunhada sobre o nome a qual batizou a pequena. Foi um momento descontraído, visto minha ironia com a ex cliente de Flávio, e agora de Gizelly.

Quando terminamos, fui em busca de um banho. As duas malas já estavam em meu quarto, e a cama perfeitamente arrumada com lençóis e cobertas limpas. Que por um acaso, o colchão macio estava chamando por mim. Meu corpo, no mesmo instante em que saí do banheiro para a suíte ainda enrolada já toalha, pediu por relaxamento. Então eu simplesmente me deitei.

Eu, Tu, Eles!Onde histórias criam vida. Descubra agora