Capítulo 20

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GIZELLY

Custei acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo. Demorei alguns segundos para me entregar ao beijo, mas quando a vi fechar os olhos e se entregar, me permiti.

Acontecia tudo de forma lenta e calma. Rafaella parecia querer aproveitar o momento, conhecendo meus lábios, meus toques, e eu não estava diferente. Suas mãos ainda estavam em meu rosto, e as minhas em sua cintura. Minhas palmas entravam em contato com sua pele; uma vez que ela usava um conjunto de cropped e saia social. O modelo, mesmo sendo de cintura alta, ainda me oferecia um pequeno espaço até a costela, onde deixava parte de sua cintura e costa expostas. E era ali que eu saciava a minha vontade absurda dela, apertando e alisando.

A puxei mais para mim, quando precisamos de ar e ela ainda devagar, segurou meu lábio inferior com os dentes, inspirando o ar profundamente, para logo voltar com o beijo, soltando o ar em seguida. Sua arfada acendeu um ponto em mim, porém me mantive amena. Eu não podia dar uma de adolescente na puberdade agora.

À medida que eu alisava sua costa e cruzava meus braços em sua cintura, sentia seus braços também cruzar meu pescoço. Seu perfume instantaneamente invadiu minhas narinas, e o beijo ficou ainda melhor. Seus cabelos estavam soltos, e com uma de minhas mãos, subi até agarra-los com meus dedos. Os puxei conforme nossa língua passou uma na outra, da forma mais gostosa possível. Eu não queria que aquilo acabasse. Mas como nada é para sempre, chupei seu lábio inferior, cessando o beijo com alguns selinhos.

Nossos olhos se encontraram, e nossas respirações estavam descompensadas.

- Puta que pariu... Você beija bem pra caralho.- Minha fala a fez rir, ajeitando os cabelos com uma das mãos.

- Você também beija bem. E isso eu já imaginava.-

- Sério?-

- Sim! As meninas falavam no início.-

- O que elas não falaram de mim?- Perguntei entre risos e ela riu ainda mais.

- Realmente... Elas falaram poucas e boas sobre você, quando apresentaram todas as mães de longe. Inclusive disseram que a Bia também tinha pegada.-

- A Ju deu jeito nela. Mas ela também passou o rodo... Até mais que eu.-

- Disseram outras coisas também, mas não me pergunte. Não vou reproduzir.-

Soltei uma risada, apertando sua cintura, deixando um selinho em seus lábios.

- É bom saber que você também sonhou comigo. Com meus beijos.- Brinquei e ela serrou os olhos.
- Mas de tudo que passou na minha cabeça quando te vi desde aquela feira de livros, sobre você beijar tão bem, foi a última coisa.-

- É mesmo? Estou tão sem credibilidade assim?-

- É porque você é toda fina, toda elegante, educada, tímida...-

- Pois fique sabendo que eu não sei só beijar bem.-

A encarei embasbacada, e ela deu de ombros.

- Isso é maldade.- Falei e ela gargalhou, agarrando meu pescoço, deixando sequência de selinhos em meus lábios.

Acompanhei sua risada, iniciando um novo beijo. Porém dessa vez, mais intenso. Mais voraz. No entanto, ainda lento.

- Gostoso demais...- Comentei entre nossas bocas, aprofundando ainda mais.

Suas unhas arranhavam meu couro cabeludo de forma gostosa, me fazendo arrepiar. E em troca, eu devolvia o mesmo toque em sua cintura. Ela também arrepiava. Prolongamos o contato por longos minutos, até finalizarmos entre selinhos outra vez.

Eu, Tu, Eles!Onde histórias criam vida. Descubra agora