- Humm - se solta - Vamos temos que fazer o almoço, sim! - pediu Karol.
- Acabamos de passar por algo um pouco intenso, eu queria ficar aqui um pouquinho com você se não se importar... - expôs seu ponto Ruggero.
- Eu realmente não me importaria, mas eu estou faminta... - contou ela fazendo bico e fazendo carinho em seu lunar.
Ruggero ao olhá-la com atenção compreendeu e modulando a voz ele disse:
- Vocês estão com fome...
- Uhum, muita! - enfatizou Karol.
- Então deixa eu colocar você aqui. - a tira de seu colo - Vou levantar - se levanta - Agora me da suas mãos - a ajuda a se levantar - E vamos terminar de preparar o almoço pra vocês. - concluiu ele.
- Espera, o Thinker! - disse Karol.
- Ele esta dormindo, depois trago um petisco pra ele. - informou Ruggero olhando o gato esponjado dormindo ao sol.
Os dois caminhavam de volta pra casa com Ruggero a segurando pela cintura, entraram pela cozinha, e assim que os viu Antonella os perguntou:
- Resolvidos?
- Sim Mamma... - olha pra bancada - Você já deixou tudo cortado ... - disse Ruggero.
- Sim filho! - escuta um ranger de estômago - Olha só, tem alguém morta de fome! - constatou Antonella.
Ruggero deu um beijinho na tempora de Karol a soltando, indo diretamente até a bancada seguir a preparação dos soufles.
- Espera filho deixa eu olhar pra você - observa o rosto do filho - melhorou graças a Deus. - constatou Antonella.
Ruggero a retribuiu com o olhar tentando dizer para que ela cuidasse do que falasse para não assustar a Karol.
- O que havia acontecido Nella? - perguntou Karol levando as mãos a cintura.
- Ele havia esquecido de tomar os remédios - foi cautelosa depois de receber o recado de Ruggero - Foi isso carinho, ficou com o lábios arroxeados mas já passou, tudo certo. Bom vou acordar seu pai e ver se seu irmão vai ter coragem de sair da cama hoje. - informou Antonella indo para seu quarto.
Karol ficou o observando, ele misturava os ovos aos demais ingredientes em uma grande tigela, se fazendo de concentrado, ela não aguentou e perguntou se acercando dele objetivamente:
- Eu estava com você quando tomou os remédios no café da manhã, você passou mal porque ficou nervoso não foi?
- Não Ka, eu esqueci de tomar um, foi por isso, fique tranquila. - respondeu ele a tentando tranquilizar.
- Ruggero não minta pra mim, eu sei que você passou mal, estava pálido quando se sentou ao meu lado no jardim.- brandou ela.
Ele soltou o fue dentro da tigela e a colocou sobre a bancada, deu dois passos até ela a segurando pelos flancos, levantou a cabeça encontrando os olhos dela e sem contestar disse:
- Não foi nada, está tudo bem agora, estou bem, você está me vendo, não estou pálido, estou normal.
Ela funga, contraindo os lábios, balançando a cabeça como quem confirmava que tinha razão.
- Não faz isso, eu... eu ainda tô me recuperando você sabe, qualquer emoção mais forte mexe comigo, mas isso deve passar em breve. - reagiu em tom ameno ele, se pondo bem próximo a ela com olhar baixo.
Ela segura o rosto dele pelas bochechas com as mãos, o faz olhar em seus olhos e o pede:
- Não quero que você minta, ou omita esse tipo de coisa pra mim, eu preciso saber se você está bem, até pra eu tentar controlar meus impulsos.
- Não tem como você controlar seus impulsos, seus hormônios estão uma bagunça, quem tem que se controlar sou eu, eu preciso me cuidar pra poder cuidar de você. Mas eu vou te contar quando não estiver bem, se isso te faz sentir melhor, ainda que eu não concorde expor você a emoções ruins, sobretudo nessa condição. - contrapôs ele a fazendo carinho no lunar.
Ainda o segurando pelas bochechas ela se esticou lhe roubando um selinho, ele iria revidar com um beijo, mas o timer do forno soou avisando que já estava pré aquecido.
- Sempre o timer! - exclamou ele.
Karol o soltou rindo, ele soltou dela a tocando o nariz e voltou sua atenção novamente a tigela.
- No que eu te ajudo? - perguntou ela.
- Enquanto eu organizo os ramequins, você vai colocando uma concha do preparado em cada um deles depois levo tudo para o forno. - orientou ele.
Com os dois trabalhando juntos, terminaram rapidamente de encher todos ramequins e organizá-los em formas maiores. Enquanto Ruggero levava as formas ao forno, Karol se encostou na bancada lidando com o ronco de seu estomago e sentindo sua bebê mexendo bastante. Depois de fechar o forno, Ruggero a percebeu, foi até a tigela, vendo que havia sobrado um pouco ele segurou Karol novamente pelos flancos a deixando o mais próximo de si e a disse:
- Vou fazer um direto na frigideira pra você poder comer logo, porque a sua fome deve estar de leoa.
Ele pisca para ela, a solta, pega uma frigideira, coloca um fio de azeite e despeja todo o restante do conteúdo da tigela por cima e aguarda secar um pouco para virar, enquanto isso, ele se voltou a frente de Karol a indagando:
- Onde eu tinha parado?
- Eu não sei... - se fez de desentendida ela.
Ele a puxou pela cintura bem junto de si e a beijou profundamente, quase a deixando sem ar. Segundos depois a soltando para que pudesse voltar a respirar ele a disse em seguida:
- Agora sim... - olha pra frigideira - Uh... tem que virar.
Com o soufle de frigideira pronto, Ruggero fez Karol sentar e a serviu em um prato. Ela comeu como se não houvesse amanhã, quando a fornada ficou pronta, ela comeu mais dois ramequins sozinha, estava realmente faminta.
Com as coisas mais aclaradas entre os dois, eles passaram o dia todo colados um no outro. Leonardo acordou somente no jantar e ainda meio zonzo, mas ele precisava de descanso.
No final da noite, Karol e Ruggero estavam deitados na cama, ela já havia dormido e ele a estava admirando, pensativo, as vezes a fazia cafuné bem sutilmente, mas não conseguia tirar os olhos dela.