Karol ficou surpresa com a pergunta, percebia as pupilas dele contraindo e dilatando em consonância ao seu batimento cardíaco, as mãos dele tinham um leve tremor, o peito dele subia e baixava nitidamente, ele esperava com ansiedade a resposta. Sem encontrar palavras para responde-lo ela optou por beija-lo, sendo retribuida ela voltou a sentir aquele calor se espandido pulsando, um calafrio subindo pela espinha, os poros da pele se contraíndo, mas antes que as sensações evoluissem dali, ela o soltou suavemente encontrando os olhos dele novamente.
- Isso foi uma resposta? - perguntou ele baixinho.
- Não...- conseguiu responder ela quase sem ar.
- Não? - retornou ele arrumando o cabelo dela para trás da orelha a olhando com tanta intensidade como se fosse capaz de entrar dentro dela pelos olhos.
- Você sabe minha resposta... - disse ela engolindo seco lidando com a intensidade do olhar dele.
- Hum... eu sei? - seguiu ele.
Ela começou a segurar a respiração, mas já estava ofegante na mesma frequência que ele, abriu a boca levemente para ajudar o ar a sair, sem conseguir desviar o olhar do dele, até que o responde:
- Você sabe que eu quero...
Ele solta uma porção de ar de uma vez de alivio, e retorna:
- Mesmo?
Ela assentiu com a cabeça com lágrimas se formando nos olhos, entrelaçou as mãos as dele e acabou falando:
- Eu quero... Eu quero casar com você... Mas com uma condição...
- Ah você sempre impondo condições, qual seria? - questionou ele rindo.
- Que a gente fique junto até o final dessa vida. - respondeu ela.
Ele levou as mãos dela até a boca as dando beijinhos, as baixando, foi chegando mais perto e a disse:
- Até - selinho - o - selinho - final - selinho - dessa - selinho - e de - selinho - todas as outras, porque não penso deixar você nunca mais.
Ela o sorriu, lhe tirando o fôlego, derepente se pôs de joelhos, indo para o colo dele, que a abraçou firme.
Acabaram se beijando uma e outra vez por algum tempo, mas Karol voltou a sentir aquelas sensações que sempre pareciam crescer e a faziam quase perder o controle, para que não se perdesse ela resolveu sondar as ideias dele:
- Você já pensou em como vai ser? Porque não quero sair, ser vista e perder o que tenho aqui, não quero voltar pra vida antiga Rugge.
- Amor, hunf... imagina comigo, vai ser aqui no quintal, o aparador da área de jantar, as cadeiras, algumas flores, Léo vai tirar algumas fotos, minha mamma vai fazer um jantar especial e meu Papá vai falar com um amigo dele que é juiz pra trazer os documentos. Você não precisa se preocupar, quero manter você o mais segura e tranquila possível. E depois é pra nós, uma celebração do que sentimentos, não vejo necessidade de mais nada... talvez um vestido bem lindo pra você, mas isso eu resolvo. - explicou tudo para ela Ruggero.
Ela o deu mais alguns selinhos e seguiu:
- Podemos colocar o aparador em baixo da árvore?
- Exatamente em baixo dela que pensei! - exclamou ele.
Ela o sorriu, porém no segundo seguinte olhou para baixo, ele fez o mesmo movimento, ela estava sentido a bebê, o que o fez perguntar:
- O que houve?
- Nada, ela só está se mexendo... - responde sorrindo com os lábios fechados. - Eu e o papai vamos casar... - contou Karol.
Ruggero da um beijinho na bochecha de dela e leva a mão também ao seu lunar para sentir a bebê, quando sente o espasmo, ele ri e modulando a voz ele diz a afagando:
- Ela mexe muito conforme a hora...
- Eu as vezes esqueço que ela está aquí... - exterioriza Karol.
- Eu também, mas é porque ela ainda é pequena e não aparece muito... - contou Ruggero.
- Rugge... - o chama.
- Oi amor... - atende ele a deixando sem jeito outra vez, mas ela trataria de se acostumar.
- Canta a música pra mim de novo? - percebe ele olhando pro violão - Não precisa do violão só sua voz. - pediu Karol.
- Canto, quantas vezes você quiser. - deixou claro ele.
Ele cantou toda a música de novo sem tirar os olhos dela, que fazia o mesmo com ele, como se além de ouvir sentisse em sua essência cada palavra.
Depois de terminar de cantar ele analisou cada linha do rosto dela, tendo certeza que ela fazia o mesmo com ele, muitas vezes eles conversavam mais com os olhos e com toques sutis do que com palavras. Ele a deu outro beijo mais e ela o pediu:
- Podemos deitar aqui para vermos as estrelas de verdade agora?
- Podemos sim, mas não garanto que eu vá conseguir tirar o olhos da mais bonita... - deixou claro ele.
No momento seguinte os dois estavam deitados lado a lado de mãos dadas, observando o céu, o movimento de rotação do planeta ficava visível daquela forma. A lua quarto crescente brilhava no céu mas não ofuscava as demais estrelas, cada uma era única com seu brilho e juntas formavam aquela paisagem infinitamente bela.
Em alguns momentos ele olhava pra ela, só para ver o céu refletido em seu olhos. Em um momento eles se concentraram, analisando cada centímetro do céu que podiam ver. Passado um tempo, ele olhou pra ela novamente, mas ela estava com os olhos fechado, a boca levemente entreaberta, respirava fundo com a tez bem tranquila, "Ela dormiu..." constatou. Ele se levantou com cuidado, soltando da mão dela, apagou as velas com cuidado, pegou o violão o levando até cozinha, retornando em seguida. Admirou o sono tranquilo dela, pensando qual a melhor maneira para levá-la para dentro sem deperta-la. Com cuidado se abaixou, a chamou baixinho e a pediu:
- Karol... Karolcita... - ela semicerrou os olhos e suspirou - Segura no meu pescoço que eu vou te levar pra dentro.
Ela esticou os braços segurando o pescoço dele, que ergueu pelas costas e pernas e se levantou com cuidado. A levou diretamente ao quarto, a pousou na cama, tirou os sapatos dela e a cobriu com um lençol. Retornou a cozinha, fechou porta e apagou as luzes. De volta ao quarto, tirou seu tênis, colocou seu pijama, se deitou na cama ao lado dela, a deu um beijinho no ombro que havia ficado para fora do lençol, se acomodou e passou a admira-la novamente até dormir.
Durante a madrugada, Karol se levantou para ir ao banheiro, na volta ao quarto, tirou o vestido, o shortes e colocou uma camiseta, ao se deitar na cama olhou para ele dormindo plenamente de lado, ela não teve dúvida, ergueu o braço dele e se aninhou o mais grudada que pode o abraçando.