Capítulo 3

108 16 2
                                    

1658, Maio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

1658, Maio

Residência de Rothsay,
Grã-Bretanha.

Durante as aulas de piano Benjamin se perguntava como conseguiu se levar na conversa de um Duque. O constrangimento bateu na hora, com o mal-entendido, não queria que o Duque tivesse uma impressão errada dele... Ainda mais envolvendo Edward. Mas só de lembrar que naquela simples conversa que tiveram, sentiu vontades de beijar aquele homem lindo fez suas bochechas ficarem vermelhas e errar mais uma nota, sua mãe ergueu uma sobrancelha e Amélia olhou preocupada. Todos ali sabiam o quão bom Benjamin era no piano e ouvir ele errar tantas vezes era uma surpresa. Dona Annesbel bateu em suas duas mãos com uma vareta fina e Benjamin abaixou elas para a velha não bater mais uma vez. Ela ajeitou os óculos e bebeu um pouco de chá.

— Um erro inadmissível para um rapaz que se encontra em tão alto nível. Vergonhoso. — Annesbel olhou para a Duquesa Violet esperando alguma contestação, mas a senhoria se encontrava impassível. Diferente de Amélia que escondeu a cara de nojo por trás do leque, fingindo estar com calor. Assim que a velha professora foi embora, a duquesa sentou ao lado do filho, pegando nas duas mãos dele e beijando suavemente, Amélia também se aproximou abraçando o irmão por trás.

— Tem algo que vossa mãe deve saber? — A duquesa sorriu esperando alguma resposta, mas Benjamin apenas balançou a cabeça em negação. Já não bastasse os eventos ruins que acontecia com o colar maldito, agora tinha um duque na sua cabeça, e esses dois grandes problemas não era algo simples para dizer para sua querida mãe.

— Aposto que foi Lady Olívia... Aquela megera. Ela provavelmente indagou algo no baile que deixou meu doce irmão assim. — Amélia riu.

— Amélia modos. — Como resposta, a filha fez uma careta injuriada, sempre a mandavam ter modos. Céus, estava de saco cheio!

— Com sua licença, irmã, minha mãe, vou me retirar para os meus aposentos. — Disse simples, beijando as duas na mão e se afastando com um sorriso preocupado.

Nos momentos livres Benjamin estudava medicina colocando em prática todos seus conhecimentos. Quando estava livre ia até os casebres dos escravos e começava a cuidar dos enfermos, para melhorar sua técnica na costura, ele cuidava de cachorros feridos, costurando alguns cortes dos animais. Pela noite jogava as roupas sujas na bacia e entrava pela janela escalando a alta mansão, era um sacrifício que valeria a pena, sua mãe até aceitava sua nova profissão, desde que continuasse um homem honrado, mas Duque Ronny queria mais para Benjamin, ele queria pro filho um ingresso aberto para ir além de um simples cargo como médico, queria um cargo general, ou um capitão da armada como William era. Com a amizade que tinha com o herdeiro ao trono Edward, Benjamin poderia pedir qualquer coisa e o herdeiro daria em um estralar de dedos e o Duque tinha conhecimento disso.

Mas Benjamin queria saber sobre seus olhos de todos os irmãos o único que nasceu com olhos violáceos o tornava misterioso, quanto mais estudava mais se aperfeiçoada e quando via já estava fazendo algumas cirurgias, Como a anestesia na época era perigosa de administrar, dificilmente alguém operava um paciente, a não ser que a sua vida estivesse em risco. Uma das substâncias usadas como anestesia na época era o dwale, uma mistura de suco de cicuta, suco de alho, ópio, vinagre e vinho, que era dado ao paciente antes de um procedimento cirúrgico, mas poderia matá-lo se não fosse ministrado na dose certa ,  só a cicuta é tão forte em relaxar uma pessoa que dependendo da dose o indivíduo pode parar de respirar e morrer.

Era Dourada |Romance Gay|Onde histórias criam vida. Descubra agora