Capítulo 15

38 12 1
                                    

1658 Setembro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

1658 Setembro.  

Ilhas Cayman, Little Cayman. 
 

As árvores da cordilheira farfalhavam calmamente por conta do refrescante vento da tarde, a silenciosa mata escondia uma pequena cabana feita de barro e palha, o cheiro obsoleto do local trazia uma sensação de perigo e isso era o que todos sentiam. O casebre tinha uma aparência estranha, uma portilha e com apenas uma janela ao qual ao lado de fora muitos se empurravam para ver o que aconteciam lá dentro, homens curiosos e assustados com Hogar, O bruxo cinzento.  
 

Balthazar encarou a janela fazendo os piratas curiosos se agacharem com medo fazendo a parca iluminação voltar para dentro do cômodo, seus olhos preocupados caíram sobre Hogar, vendo-o gritar e até mesmo batucar itens sobre o caldeirão. Várias ervas eram misturadas, várias pastas foram feitas e sempre tudo que ele fazia parecia afetar Antony e o rapaz não acordava.  
 

A água borbulhante era fedida ao ponto de Ruan sair da cabana já vomitando sentindo enjoado com o cheiro. Quando Hogar terminou mais uma erva, ele caminhou até o leito que Antony se encontrava e se ajoelhou ao lado do rapaz, o imediato não parecia em suas melhores condições, ainda mais com uma cicatriz do começo da testa até quase o final da sobrancelha. A pessoa que o atacou tinha como intuito matar Antony e Balthazar se sentia tão aliviado por saber que seu parceiro tinha sobrevivido, mas a situação do imediato, no entanto, parecia bem mais precária do que imaginavam.  
 

Miranda parecia nervosa indo de um lado para o outro e Pimpolho tentava acalmar os colegas com alguma confiança. Ruan não voltou para a cabana, ficou do lado de fora com Carlo que parecia muito preocupado com Benjamin. Quando Miranda se sentou impaciente ela simplesmente tirou o chapéu revelando o cabelo sujo e o rosto cheio de marcas, além de não se importar com o banho a garota estava se afogando em bebidas.  
 

— ...Então ele é nosso maior suspeito. — Miranda comentou se referindo a Astolpho, que havia sumido a alguns dias, e começam a conversar sobre planos enquanto Hogar cuidava do Antony.  
 

— A ordem disse que ele tinha uma entrega na Bélgica. — Balthazar trincou os dentes. — Mas homens disseram que ele seguiu outros ventos, aquele maldito do Astolpho, ele pegou o Benjamin.  
 

— Eu avisei. Eu disse para sairmos! Eu disse que não era para se deixar levar por status. Ainda temos chances de fugimos, se a ordem realmente está envolvida, sabemos que esse lugar não é seguro para você nem para nós. — Miranda começou a se alterar então Balthazar respondeu rápido.  
 

— Não. Agora não, não aqui. - Balthazar sussurrou. Nesse momento Klazir e Alzklair percebendo a situação que se iniciaria, colocava todos os piratas para fora e também afugentava os curiosos que estavam na janela.  
 

— Era só pegar a maldita bandeira e irmos embora. Era só você ter feito isso. — Miranda passou a mãos sobre a cabeça puxando os fios com força ela parecia segurar muito o choro. — Sua ganância ainda vai fazer todos nós morrermos.  
 

Era Dourada |Romance Gay|Onde histórias criam vida. Descubra agora